Com vistas a garantir o acesso a medicamentos controlados, como sedativos e anestésicos, entre outros, para protocolos de intubação no tratamento de pacientes com Covid-19, e também para atender os pacientes acometidos por outras enfermidades, a Prefeitura de Parauapebas abriu licitação para registrar preços de diversos insumos necessários à execução da política municipal de saúde. O investimento da administração de Darci Lermen chega a R$ 12,67 milhões.
As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu, que observou a conferência das propostas comerciais para o próximo dia 6. A aquisição dos insumos visa manter os estoques de medicamentos da assistência farmacêutica e, desta forma, atender as unidades médico-hospitalares da Capital do Minério, alcançando os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) por 12 meses.
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) diz que a compra será parcelada e feita apenas se e quando existir demanda na rede pública. O pacote contemplará o Hospital Geral de Parauapebas (HGP), a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), o Serviço de Atendimento Móvel e Urgência (Samu), o Centro de Testagem Anônima (CTA), o Centro de Atenção Psicossocial Serviço (Caps), o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), a Policlínica, a Farmácia Básica e os postinhos de saúde.
A Semsa vai registrar preços de 135 tipos de medicamentos, entre os quais o anestésico sevoflurano, cujo frasco de 240 mL sai por R$ 611 — e são estimados cerca de 100 deles para uso na rede. Outro item caro que falta na rede pública é a testosterona: uma ampola de 250 miligramas injetável custa cerca de R$ 315. Remédios da classe dos psicotrópicos e ansiolíticos, para controlar e tratar estresse, depressão, ansiedade, insônia, também estão no combo.
De acordo com a pasta, há necessidade de medicamentos controlados para o tratamento da dor, de anestesia para os cuidados cirúrgicos, de remédios para a saúde mental e manutenção de boas condições neurológicas, além de tratamentos do transtorno por uso de drogas. A compra deve melhorar e tomar mais eficiente o atendimento dos serviços de urgência e emergência de saúde na rede pública, garantindo medicamentos em curto prazo e evitando a desassistência dos pacientes.
“Entendemos que o medicamento é um suporte às ações de saúde, cuja falta pode significar interrupções constantes no tratamento e nos procedimentos cirúrgicos, o que afetaria a qualidade de vida do usuário e a credibilidade dos serviços farmacêuticos e do sistema de saúde”, explica a Semsa.