A sessão plenária da Câmara Municipal de Parauapebas, realizada na última terça-feira, 9, tratou exclusivamente das eleições municipais. Todos os vereadores presentes usaram a Tribuna para falar do trabalho realizado durante o pleito eleitoral.
O primeiro a discursar foi Antônio Massud, do PTB. Ele agradeceu a Deus e aos eleitores pelo apoio que recebeu. Apesar de não ter sido reeleito, o parlamentar, que integra a coligação “Mãos que trabalham”, liderada pelo prefeito eleito de Parauapebas, Valmir da Integral, informou que vai participar do próximo governo para trabalhar pelo município. “Eu não estou aqui pela ganância do poder, nem para querer enriquecer, estou nessa coligação porque acredito que podemos fazer algo melhor por essa cidade” ressaltou. Massud parabenizou os parlamentares eleitos e acrescentou “nunca vamos subestimar a capacidade de ninguém, todos nós somos capazes de amanhã estar aqui, defendendo a população”.
Francis Rezende, do PMDB, parabenizou os eleitos e falou da importância da próxima legislatura para a cidade. “É um momento de grandes transformações. Essa foi a nossa 7ª eleição municipal, a 1ª foi realizada em 1988, quando tínhamos apenas 30 mil habitantes, hoje são mais de 150 mil, oficialmente. Então Parauapebas é uma cidade atípica. Precisamos de um olhar especial para a saúde, a educação e a agricultura. Eu espero que os novos vereadores sejam tão especiais quanto o nosso povo e a nossa cidade precisam”.
Odilon Rocha, do PMDB, que foi reeleito para o 6º mandato, agradeceu a população pelo resultado obtido nas urnas. O parlamentar disse que a vitória nas eleições é fruto do trabalho apresentado durante décadas. “A política é a arte do jogo e o jogador tem que saber que só vence um time e quando se perde tem que ter humildade. Eu sou vitorioso, aliás, eu nunca perdi uma eleição. Mas, a explicação para isso é que eu nunca desrespeitei o povo do meu município. Posso ter a tarja de duro, mas não tenho a de corrupto. Eu vim para a Câmara financeiramente independente, para que eu não precisasse desse salário, para não fazer nada em detrimento do povo. Entretanto, isso não me tira a obrigação de trabalhar pelo povo. Quem assina meu contrato não é o poder econômico, não é o prefeito, é a população. É com vocês que eu tenho obrigações e no dia que eu não quiser mais cumpri-las basta eu renunciar ao meu mandato”.
Para Adelson Fernandes, do PDT, que foi candidato a prefeito, o momento é de “desmontar os palanques”. O parlamentar desejou sorte aqueles que foram agraciados com a vontade popular “espero que vocês possam fazer um trabalho a altura do que os eleitores desejam. O vereador voltou a falar que lançou candidatura própria porque não acreditava em nenhuma das candidaturas que haviam sido lançadas. Mesmo não sendo eleito, Adelson afirmou que está feliz, pois alcançou seu objetivo. “Mostrei ao povo que quero ser prefeito dessa cidade. E com certeza o povo ainda vai me dar essa oportunidade”.
Faisal Salmen, do PSDB, que não participou das eleições, usou a tribuna para fazer uma análise da corrida eleitoral. Diante da experiência que tem, já foi prefeito, deputado e vereador, ele afirmou que quem ganha às eleições é quem tem mais dinheiro. Segundo o vereador, vitoriosas são as campanhas que recebem mais investimentos e esses investidores não fazem isso gratuitamente, todos eles voltam para cobrar depois. “Falam na independência dos poderes. Não tem, porque o vereador, quando está acuado pelo povo que nele votou, só tem uma alternativa, cair de joelhos na frente do prefeito, senão ele não sobrevive”.
Wolner Wagner, do PSDC, que foi candidato a reeleição, afirmou que perdeu “por causa de uma série de pessoas irresponsáveis, inclusive pessoas do governo e do meu gabinete”. O vereador acredita que foi vítima de uma injustiça. “Não é brincadeira você doar a vida trabalhando e perder a eleição porque não tem dinheiro para a campanha. É uma forma muito cruel”.
Já Euzébio Rodrigues, do PT, que foi reeleito, aproveitou o momento para falar da importância do direito de sufrágio, ou seja, de escolher representantes por meio do voto e da democracia “que nada mais é do que uma doutrina política baseada nos princípios da soberania popular”. O parlamentar ressaltou que continuará na Câmara para fazer o que o povo quer e precisa.
Percília Martins, do PRTB, fez a leitura de um versículo da bíblia e falou do direito que os eleitores têm de escolher seus representantes. “Que Deus dê sabedoria a todos nesse momento, para que conduzam a cidade com responsabilidade e carinho. Precisamos de pessoas comprometidas e eu acredito que todos os eleitos têm uma característica em comum, que é a vontade de lutar pelo desenvolvimento de nossa cidade”.
O último a usar a tribuna foi Israel Pereira, o Miquinha, do PT. O vereador, que conseguiu se reeleger, relatou que ficou muito feliz com o resultado das eleições. “Isso quer dizer que eu fiz um bom trabalho, junto com todos os parlamentares desta Casa, porque um apenas não faz nada. Ser vereador não é fácil, porque ele não pode executar, apenas requerer e indicar”. O parlamentar acrescentou ainda que concorrer a uma vaga no legislativo é uma tarefa árdua. “Mas, quem não sabe perder, não merece vencer. Quem está na política não pode reclamar de traição, pois cada um tem o direito de escolha, de apoiar quem acha que deve apoiar.”
O presidente da Câmara, Zé Alves, do PT, encerrou a sessão dando parabéns aos eleitos. “Desejo muito sucesso na atuação de vocês no poder legislativo, que façam uma administração exemplar e que possam contribuir com melhorias para a população de Parauapebas”.
Eleitos
Alguns dos candidatos eleitos estiveram presentes na Câmara nessa terça-feira e foram convidados para sentarem-se na Tribuna de Honra da Casa. Compareceram Devanir Martins e João do Feijão, ambos do PP, Irmã Luzinete, do PV, Braz, do PDT, Professor Josineto, do PSDC, Pavão, do PTB e a vice-prefeita eleita Maria Ângela, do PTB.
6 comentários em “Parauapebas: vereadores fazem balanço das eleições”
O que aconteceu com Eliene foi a mesma coisa que aconteceu como Raimundo Vasconcelos há 4 anos, encheu a folha de pagamento da prefeitura de servidores temporários e assim foi eleito, e vimos o que aconteceu agora com o Raimundo Vasconcelos, perdeu as eleições, e será assim com a Eliene daqui 4 anos. A primeira eleição vitoriosa do Massud foi sem dinheiro, a segunda foi com dinheiro e sem arrogância, e agora ele não foi eleito devido a arrogância e pelo fato de dizer em todos os cantos da cidade que ele iria se vingar das pessoas desse governo. Acredito que essas pessoas ligadas ao Governo do Valmir estão subestimando o Velhote, estão achando que será como o Governo do Darci que teve dois prefeitos, Hernandes Margalho e Luis Vieira, pelo o que eu conheço o Valmir, seu governo terá apenas um prefeito e será ele próprio. O João do Feijão colocou duas mil bocas de urnas a R$ 200,00 reais cada, e assim conseguiu um feito que a população de Parauapebas queria, colocando uma pitada de humor na câmara, eu gostava de ir nas sessões quando ele era vereador, pois me acabava de rir. Devanir é um político autentico, sempre ajudou os dele. Dr. Charles se elegeu em cima do analfabetismo do povo, pois ele tem que agradecer muitos as pessoas que erraram na hora de votar para vereador e votaram pra Prefeito, pois o que teve de voto na legenda para o 55 foi o que fez com que ele fosse eleito.
VOLNER, duvido que tenha colaboradores na sua equipe que te trairão, quem votou em vc, acreditava que faria algo para os necessitados igual vc fazia antes de se eleger! O que vc fez em prol dos trabalhadores de carajás, a não ser pedir votos?
Porque só o Massud nao recebeu foto ilustrativa na matéria?
Odilom o mafioso, triu o PMDB no governo do PT e agora deve mamar no governo do valmir, ou se fender
Um bom político não precisa de TANTO dinheiro para se reeleger. Se tivesse competência, se realmente trabalhasse e cobrasse melhorias para os cidadãos, se não fosse a ganância de só faturar, certamente o seus eleitores os manteriam sempre no poder. Agora, o Wolner ter pessoas em seu gabinete trabalhando contra ele, isso é incompetência pura de não ver isso e reclamar só agora.
As palavras do vereador Faisal pode não representar toda a verdade, mas acredito que em boa parte são absolutamente verdadeiras. Uma campanha para vereador aqui em nosso Município é muito cara, que o diga também o atual vereador Wolner. Uma batalha injusta e desigual financeiramente, mas que certamente alguns podem também se eleger com votos de amigos sinceros. Em suma, boa sorte aos eleitos e que representem bem o cargo que lhes demos.