Na semana em que o município está imbuído na luta pela preservação do meio ambiente, vale a pena informar que no Pará, Estado responsável por 60% do desmatamento no país, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), executado pela CONAB, tem possibilitado a agricultores familiares paraenses uma produção que, além de garantir a renda e movimentar a economia, também desenvolve o município com preservação do meio ambiente.
Atividades extrativistas não madeireiras, pesca artesanal, produtos extraídos do pomar, como frutas e polpa, são alguns dos tipos de produção estimulados pelo programa que hoje atende 979 pequenos agricultores paraenses (que vendem os seus produtos à CONAB) e beneficia mais de 700 mil pessoas em situação de insegurança alimentar (que recebem as doações dos alimentos).
"Embora não proíba a poluição ou o uso de agrotóxicos, o PAA apresenta uma valorização clara em relação aos agricultores extrativistas e da sociobiodiversidade", explica a gerente da Agricultura Familiar da CONAB, Rocilda Moreira. "O programa, inclusive, para incentivar esta categoria de produção, compra os agroecológicos com preço até 30% maior que os convencionais".
É esta valorização que vem mudando a vida de agricultores familiares do município, segundo o IBGE. "Entre tantos benefícios, o programa oferece ainda a possibilidade de um trabalho digno, rentável e, acima de tudo, legalizado, nesta região", afirma José Américo Viana, superintendente da CONAB no Pará.
Em Parauapebas, a Cooperativa Mista dos Produtores Rurais da Região de Carajás (Cooper), resolveu apostar nas polpas de cupuaçu, manga, abacaxi, tamarindo, caju e goiaba, sendo contemplada no PAA. Ela vende ao PAA e a CONAB doa a entidades sociais. Este trabalho começa a mudar a história de desmatamento da região.
Há ainda muito a ser feito, todavia, organizar cooperativamente os pequenos produtores, dando a eles receita oriunda dos lotes recebidos pela reforma agrária, já é um bom começo. É importante a conscientização do “colono” para que o mesmo sinta a necessidade de preservar o meio ambiente, tirando de uma maneira lícita e organizada a renda para sua sobrevivência.
Há de chegar o dia onde os alimentos, frutas e verduras, hoje importados de outros Estados, serão todos produzidos aqui mesmo em nosso município, barateando o custo e melhorando a qualidade. Para isso é necessário investir seriamente no campo, distribuir melhor os lotes destinados à reforma agrária, coibir a venda indiscriminada de áreas em assentamentos e melhorar as vias de acesso para que a produção chegue ao consumidor.
Utopia? Não! Basta para isso apenas boa vontade política e seriedade na administração do dinheiro público.
2 comentários em “Parceria COOPER e CONAR trás renda ao agricultor de Parauapebas”
Pena mesmo, “se ele soubesse” que o dinheiro da coan além de enriquecer empresários paulistas, esvaziar os recursos municipais (na balança comercial), estimula a picaretagem politiqueira na cidade. “se ele entendesse” que a geração de renda começa pelo bom re-uso dos recursos públicos. “Se ele acreditasse” que melhorando a produção, melhora-se alimentação, e melhorando esta melhora-se a saúde, e melhorando-se esta, melhora-se a qualidade de vida, e assim começa todo o ciclo econômico e social-trabalhista novamente. “Se ele soubesse” que os alunos aqui em Parauapebas preferem o turno intermediário para estudar, por que podem ter a única refeição do dia (e esta poderia ser bem melhor). Seu prefeito, você deveria voltar para a escola, ou pelo menos da oportunidade para outras pessoas no seu (des)governo “ptista”, ao invés de bingar cargos públicos, procure ajudar a cidade a construir um futuro melhor, desprendido de uma cultura mineradora que só trás ao povo descreça na vida, abandono familiar e perpetuação de violência urbana. Abra os olhos, pois você também passará e até então as lembraças que ficam é de um sonho que se tornou pesadelo, você está transformando esperança (quando sugiu no cenário político) em desespero político, pois ninguém, agora, acredita mais em política, em democracia, em poder público. Está faltando-lhe ética e cidadania, logo você um FILÓSOFO.
Pena que o Prefeito usa o argumento vazio dizendo que a presença da COAN na Merenda Escolar é por causa que só assim pode comprar a produção da COOPER sem licitação.FORA COAN as crianças merecem coisa melhor