Oitocentas famílias de quatro municípios do sudeste do Pará estão sendo consultadas sobre como melhor receber apoio dos respectivos escritórios locais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) para desenvolver as cadeias de fruticultura da região.
A iniciativa de diagnóstico e pesquisa é uma das metas de uma chamada pública do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) vencida pela Emater em dezembro passado, com orçamento em torno de R$ 800 mil. A próxima fase, um encontro de planejamento participativo entre as lideranças das comunidades a serem atendidas, está prevista para até o fim deste mês.
As 800 famílias de Dom Eliseu, Abel Figueiredo, Ulianópolis e Rondon do Pará são tradicionalmente pecuaristas. De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater Henrique Pimentel, gerente desse contrato de chamada pública, ainda existe muita resistência dos agricultores em diversificar a produção, ultrapassando o dia a dia do gado de corte e leiteiro e investindo também no plantio de frutíferas, “até porque toda propriedade familiar acaba já tendo o seu pomar, por uma questão cultural mesmo”, diz.
Segundo ele, alguns bons exemplos do trabalho da Emater com fruticultura nos municípios têm se consolidado, como o cultivo de goiaba orgânica de Dom Eliseu, com safra anual de cerca de mil toneladas. “Mas a proposta atual da parceria entre Emater e MDA é estimular a estruturação da cadeia de várias culturas, como o mamão. Além dos benefícios socioconômicos, porque a atividade se torna no mínimo um complemento de renda, há os ambientais, porque a tendência da Emater é a agroecologia”, explica.
Aline Miranda – Ascom Emater