Em parceria com a Prefeitura de Parauapebas, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado do Pará (Fetraf) iniciou esta semana novos projeto para o desenvolvimento da olericultura e agricultura familiar nos acampamentos Nova Esperança 2, União, Nova Conquista 1 e 2 e Recanto da Serra. Na primeira fase do projeto, a Secretaria Municipal de Produção Rural (Sempror) disponibilizou cinco tratores, operadores e equipamentos para a preparação do solo nas comunidades beneficiadas.
Ao todo, sete assentamentos serão beneficiados com o projeto de implantação de hortas. Além da mecanização, os agricultores receberão insumos como calcário, sementes e assistência técnica especializada. Segundo a presidente estadual da Fretaf, Viviane Oliveira, a ajuda do município no fomento para preparação do solo, doação de sementes e calcário, além de assistência técnica significa mais qualidade na produção e aumento na renda das duas mil famílias atendidas nos assentamentos beneficiados.
“A prefeitura já vem dando assistência sempre nas nossas comunidades. Com isso, a nossa base aos redores do município já consegue abastecer toda Parauapebas com a produção das hortas, e, como resultado, os nossos produtores conseguem obter o sustento das suas famílias”, enfatiza Viviane.
A Prefeitura de Parauapebas informa que em 2019, a Secretaria Municipal de Produção Rural (Sempror) bateu a meta no atendimento de 630 hectares e 830 famílias beneficiadas com sistematização de áreas para plantio, assistência técnica e insumos voltados apenas para produção de espécies hortícolas. O titular da Sempror, Elson Cardoso, acredita que a ampliação do serviço para mais comunidades vai superar os resultados alcançados no ano passado.
“Com a implantação desse projeto, a olericultura no município terá ganho de eficiência na produção de espécies hortícolas, com ênfase nas de maior valor econômico agregado, o que significa mais renda para as famílias”, acrescenta o secretário.
Para os agricultores, a ampliação do incentivo à agricultura familiar abre novo horizonte para o aumento da renda das famílias e, consequentemente, melhoria da qualidade de vida no campo. Em tempos de pandemia, a atividade tem sido a salvação econômica para muitas famílias, como é o caso da agricultora Lucilene de Abreu.
Ela cultiva macaxeira e hortaliças e tem criação de galinhas. Tudo o que produz é vendido em Parauapebas. “Devido a essa crise da Covid, a renda na rua [cidade] está mais difícil e, para nós, da zona rural, a única saída é investir mais nas nossas chácaras e produzir mais para aumentar a nossa renda”, frisa a agricultora, que agradece a parceria do município, que está ajudando a fomentar a produção no campo.
Ela destaca que, nesse momento de crise econômica, por conta da pandemia, está difícil de pagar hora/máquina (trator) para fazer os serviços de limpeza e aragem do solo e comprar os insumos. Por isso, incentivos como o que vem sendo dado pelo governo municipal ajudam muito, para melhorar e ampliar a produção da agricultura familiar, que é responsável por boa parte do abastecimento das feiras do município.
(Tina Santos- com dados da Sempror)