O Conselho de Ética do Partido Liberal (PL) decidiu, na segunda-feira (18), expulsar o deputado estadual Aveilton Souza, e vai requerer o mandato do agora ex-filiado. Segundo fontes da sigla, tudo começou quando ele se negou a assinar o projeto de lei do deputado estadual Rogério Barra (PL) que daria o título de cidadã paraense para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Aveilton haveria justificado que Michelle “nunca fez algo relevante para o estado e por esse motivo não merecia o título”. Após essa afirmação, Rogério Barra, que é filho do deputado federal Éder Mauro (PL), ficou enfurecido.
Em vídeo postado nas redes sociais, Rogério Barra acusa também o colega deputado de ter votado a favor da indicação da primeira-dama do Pará, Daniela Barbalho, feita pelo marido, o governador Helder Barbalho, para o Tribunal de Contas do Estado.
Barra também mostrou indignação pelo fato de, segundo ele, Aveilton Souza ter aprovado empréstimos de R$ 9 bilhões, feitos pelo Estado. Disse que essas pautas não fazem parte do bolsonarismo e afirmou que Aveilton “barbalhou”.
As primeiras informações dão conta de que Aveilton está de malas prontas para o Progressistas (PP), partido que faz parte da base do governador Helder Barbalho (MDB) e do presidente Lula (PT).
Procurado, ontem (19), pelo Portal Estado do Pará On-line, o deputado Aveilton Souza declarou que ainda não foi oficialmente notificado sobre a expulsão.
Natural de Rurópolis, Aveilton Souza tem 35 anos, é advogado, foi procurador geral de Novo Repartimento e em 2020 assumiu o cargo de superintendente regional do Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária (Incra) no sul e sudeste do Pará, com sede em Marabá.
Na gestão dele à frente do órgão, foram pagos mais de R$ 35 milhões em créditos e entregues mais de 50 mil títulos de terras a famílias que aguardavam havia muitos anos. Em 2022, Aveilton foi eleito deputado estadual com 23.230 votos.
(Fonte: Estado do Pará On-line e Portal Olavo Dutra)