O Tribunal do Júri da Comarca de Cametá, nordeste do Pará, condenou Josias Machado dos Santos a 30 anos de prisão pelo assassinato da empresária Jaiane Nogueira Molinari. O julgamento ocorreu nesta terça (23). Segundo o Ministério Público, o réu conhecido como Pastor Josias confessou o crime e afirmou que o mandante do crime é o ex-marido da vítima, Rosivaldo Pinheiro da Cruz, que não aceitava o fim do relacionamento. Ele está preso.
O crime aconteceu no dia seis de março de 2020, enquanto a vítima trabalhava sozinha em sua loja. Ela foi asfixiada dentro do banheiro por Josias, que entrou no estabelecimento com a desculpa de que iria fazer uma oração no local, já que dizia ser pastor evangélico.
A tese do Ministério Público, representado pelo promotor de Justiça, Márcio de Almeida Farias, foi de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe; a prática da asfixia, conforme comprovado pelo laudo necroscópico; e porque no momento do crime foi utilizado recurso que dificultou a defesa da vítima.
Os jurados acataram integralmente a tese do Ministério Público e da assistência de acusação e condenaram o acusado por homicídio triplamente qualificado. O juiz presidente do Tribunal do Júri de Cametá, Márcio Campos Barroso Rebelo, aplicou a pena de 30 anos de reclusão em regime fechado. Como o réu já estava preso, seguirá cumprindo o estabelecido na sentença.
“Foi feita justiça no caso e esse é o papel do Ministério Público, buscar a responsabilização criminal de quem infringe a lei. O acusado ceifou a vida de uma mulher trabalhadora, mãe de família. A sociedade não pode mais tolerar violência contra a mulher” afirmou o promotor Márcio de Almeida.
Por Dayse Gomes
(Com informações do MPPA)