O indígena Paulinho Paiakã, 65 anos, que ficou mundialmente conhecido na década de 90, após ser acusado de ter cometido um estupro, em 1992, na cidade de Redenção, no sul do Pará, contra a estudante Sílvia Letícia da Luz Ferreira, de dezoito anos de idade, faleceu hoje (17) no Hospital Regional de Redenção.
O cacique Kayapó deu entrada no hospital municipal de Redenção com sintomas da Covid-19 na semana passada. Depois de ter o quadro clínico agravado foi transferido para o HRR, onde faleceu.
Paulinho Paiakã Benkaroty Kayapó era conhecido como um militante ecológico, reconhecido internacionalmente por sua luta pela exploração racional da Amazônia.
Em 1998 a Justiça do Pará condenou, em segunda instância, o líder indígena Paulinho Paiakan a seis anos de prisão por atentado violento ao pudor. Ele não chegou a cumprir a pena, já que, desde sua condenação, se mudou para a aldeia A-Ukre (a 280 km de Redenção).
Segundo o Distrito Sanitário Especial de Saúde Indígena (DSEI) Kayapó Pará, o corpo do líder indígena será levado para a Aldeia, onde será sepultado seguindo as tradições da nação Kaipó.