Previdência no Senado, o senador Paulo Rocha (PT-PA) cobrou bom senso dos parlamentares para garantir a sustentabilidade da Previdência Social e o equilíbrio das contas públicas. Ele acredita ser necessário uma discussão mais aprofundada sobre o tema ao invés da pressa adotada pelo Congresso para aprovar a proposta.
“Faremos um bom combate para chamar atenção da nossa sociedade e sensibilizar os nossos senadores democratas a repensarem. É preciso buscar saída para o desenvolvimento do nosso País, o crescimento econômico e a geração de emprego, mas não é em cima da retirada de direitos”, atacou o senador em discurso ao plenário na segunda-feira (23).
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, da Reforma da Previdência, estava pautada para ser votada no plenário do Senado nesta terça-feira (24). Entretanto, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), ligou para parlamentares no fim de semana em busca de consenso sobre a derrubada de parte dos vetos à lei do abuso de autoridade aprovada em agosto.
Recado de Alcolumbre
Alcolumbre marcou sessão para avaliar hoje os vetos de Bolsonaro à lei do abuso de autoridade. A articulação do presidente do Congresso Nacional está sendo interpretada como retaliação ao Planalto por promessas não cumpridas e, assim, a votação da reforma da Previdência foi adiada para amanhã. Entre as mudanças que partidos da oposição propõem, está a retirada da carência obrigatória de 20 anos para os novos segurados se aposentarem e a mudança do cálculo da pensão por morte, o que reduziria os valores de futuros benefícios.
“Se querem resolver o problema do déficit público, busquem em outro lugar, mas não na mão do pobre, do trabalhador. É só taxar os banqueiros, as grandes fortunas, que ele encontra o dinheiro suficiente para resolver o problema do déficit público, mas não em cima dos trabalhadores”, disse Paulo Rocha.
Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu, em Brasília