Paysandu vence o Remo, entra na briga por uma vaga na semifinal do returno e quebra invencibilidade de nove jogos do rival

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Por Fábio Relvas

Remo e Paysandu entraram em campo na tarde deste domingo (29), no estádio Olímpico Edgar Proença, o Mangueirão, em Belém, para a disputa da partida de número 730 da história dos rivais, sendo o clássico mais disputado do mundo. Melhor para o Papão que venceu o rival, por 3 a 1, e entrou na briga por uma das vagas para a semifinal do returno. Os gols do Paysandu foram marcados por Dão, Yago Pikachu e Bruno Veiga, enquanto que Rafael Paty marcou para o Remo. Com a vitória, o Papão quebrou uma invencibilidade de nove jogos do Leão e assumiu a vice-liderança do Grupo A2 com seis pontos.

O clássico

No início do jogo com a forte marcação, os dois times começaram errando passes. Logo na primeira falta em favor do Paysandu, Yago Pikachu cobrou no segundo pau para a cabeçada certeira de Dão, aos dois minutos, 1 a 0 Papão. No lance seguinte, em outra falta, Rogerinho cobrou e a bola passou raspando a meta do goleiro Fabiano.

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O Leão iniciou o jogo com sono. Em outra falha da zaga, o atacante Bruno Veiga entrou livre e bateu no canto direito, a bola tocou no pé da trave e foi para fora. Com o time azulino nervoso, os bicolores aproveitaram à situação. Dadá sozinho perdeu a bola para Aylon que rolou de lado para o chute de Jhonnatan, mas a bola foi fraca em cima de Fabiano.

O Remo reagiu com o zagueiro Ciro Sena, que subiu livre e testou forte após um escanteio, a bola passou assustando o goleiro Emerson. O Paysandu deu o troco e quase marcou em quatro lances consecutivos, com Bruno Veiga uma vez, e Aylon por três vezes, levando a galera do Papão a loucura. O Leão tentou empatar na cobrança de falta de Eduardo Ramos, mas a bola foi em cima de Emerson.

Com mais domínio no meio campo e mais posse de bola, o Paysandu criava situações de gol. Yago Pikachu chutou forte em cima de Fabiano. O Remo chegou a equilibrar as ações a partir dos 30 minutos. O atacante Val Barreto mandou um balaço, a bola passou a um palmo do travessão bicolor. Em outra tentativa dos azulinos, Alberto cobrou falta perigosa, a bola desviou na zaga bicolor e foi para escanteio.

O Leão acordou de vez. Dadá pegou a sobra da zaga bicolor e chutou forte, o goleiro Emerson bateu roupa, mas fez a defesa. Em seguida, quem quase marcou foi o Papão. Na bola rolada da esquerda, Aylon recebeu livre na grande área e finalizou em cima de Fabiano. Foi o melhor que aconteceu no primeiro tempo.

O Remo não tinha alternativa a não ser atacar o adversário no segundo tempo. O técnico Zé Teodoro mexeu na onzena titular, colocando Roni e Flávio Caça Rato, nos lugares de Val Barreto e Dadá, respectivamente. O Leão teve a chance logo no primeiro minuto na cobrança de falta de Alberto, mas a bola foi no meio do gol e ficou fácil para o goleiro Emerson.

Após o lance, o Papão foi para o ataque e foi fatal. Jadilson cometeu um pênalti infantil em cima de Jhonnatan. O árbitro paulista da FIFA, Raphael Claus, não teve dúvida e marcou. Yago Pikachu cobrou com muita categoria, deslocando o goleiro Fabiano, aos cinco minutos, 2 a 0 Paysandu.

O Remo não sentiu o gol e tentou chegar. Eduardo Ramos levou perigo em cobrança de falta, mas atento Emerson fez a defesa para o Papão. O Leão continuou tentando. Em jogada pela esquerda de Jadilson, a bola foi levantada na área para as cabeçadas de Eduardo Ramos e Bismarck, mas sem perigo contra a meta bicolor. Como o Leão não conseguiu marcar com as opções do intervalo, o técnico Zé Teodoro colocou o atacante Rafael Paty no lugar de Bismarck.

Na primeira jogada, quase Rafael Paty marcou o gol azulino, a zaga bicolor chegou na hora “h”, cedendo o escanteio. No lance seguinte, uma blitz total remista contra a meta do adversário. Flávio Caça Rato mandou uma bomba, a bola explodiu no travessão e na sobra Eduardo Ramos chutou por cima. Logo em seguida, Levy foi derrubado dentro da área por Romário, pênalti para o Leão. Rafael Paty chamou a responsabilidade e cobrou no canto direito de Emerson, enlouquecendo o Fenômeno Azul no Mangueirão, aos 41 minutos.

O Paysandu acordou e foi para cima, não dando chance para o rival. Após escanteio, a bola sobrou para Bruno Veiga, que chutou rasteiro no canto direito de Fabiano, aos 43 minutos. Desta vez a Fiel Bicolor que foi a loucura nas arquibancadas, soltando o grito de “olé” e pedindo para a torcida rival deixar o estádio. Final de jogo no Mangueirão: Remo 1 x 3 Paysandu.

“Em treze anos de carreira, foi meu primeiro gol em clássico. Deus me abençoou e fui feliz hoje”, afirmou Dão, zagueiro do Paysandu.

“É complicado pegar gols como nós pegamos. É inadmissível”, declarou Rafael Paty, atacante do Remo.

FICHA TÉCNICA

Remo: Fabiano; Levy, Ciro Sena, Igor João e Jadilson; Alberto, Dadá (Flávio Caça Rato), Felipe Macena e Eduardo Ramos; Bismarck (Rafael Paty) e Val Barreto (Roni). Técnico: Zé Teodoro

Paysandu: Emerson; Yago Pikachu, Dão, Pablo e Marlon (Romário); Augusto Recife, Jhonnatan, Ricardo Capanema e Rogerinho (Leandro Canhoto); Aylon (Souza) e Bruno Veiga. Técnico: Dado Cavalcanti

Árbitro: Raphael Claus (FIFA/SP)

Assistentes: Marcelo Van Gasse (FIFA/SP) e Alessandro Rocha Matos (FIFA/BA)

Quarto árbitro: Joelson Nazareno Ferreira Cardoso – PA

Cartões amarelos: Ciro Sena e Levy (Remo); Pablo e Marlon (Paysandu)

Local: Estádio Olímpico Edgar Proença, o Mangueirão, em Belém

Renda: R$ 430.683,00 – Pagantes: 17.381 – Credenciados: 2.587 – Total: 19.968

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