A Polícia Civil do Pará, por meio da Delegacia de Proteção ao Idoso (DPID), realiza durante todo o mês de junho ações de combate contra a violência da pessoa idosa na capital e interior do estado. As ações estão incluídas na programação da Campanha “Junho Violeta”, dedicada a sensibilização e conscientização contra crimes praticados contra a pessoa idosa.
De acordo com a titular da Delegacia de Proteção ao Idoso (DPID), delegada Cláudia Renata Guedes, diante do cenário de distanciamento social, os idosos ficaram confinados em um convívio mais prolongado e conflitos vieram à tona entre familiares. Por conta disso, a campanha, que é realizada sempre em junho, mês dedicado ao combate da violência contra a pessoa idosa, tem uma relevância ainda maior.
“Como Delegacia de Proteção ao Idoso, temos tido um olhar mais sensível e preocupado com essas demandas. Em todas as nossas ações visamos trazer a conscientização na medida em que procuramos informar os direitos dos idosos por meio da Constituição e Estatuto do Idoso, já que muitos não têm conhecimento dos seus direitos e do que se configura crime contra eles, além de levarmos essas informações aos familiares e cuidadores”, enfatiza a delegada.
Ela acrescenta que, todas as ações realizadas em parceria com órgãos estaduais e municipais são mais uma das formas de aproximação com a comunidade, mostrando que o trabalho e o atendimento são realizados constantemente. “Quando palestras e reuniões são realizadas em todos os outros meses e, no mês alusivo, busca apenas intensificar os cuidados e atenção que eles precisam, percebemos que a partir disso, os idosos se sentem mais a vontade pra buscar seus direitos e fazer denúncia”, reforçou Cláudia Guedes.
O 15 de Junho foi definido como o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, instituído em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU). A data tem por objetivo sensibilizar a sociedade para o combate à violência cometida contra essa faixa etária.
As formas de violência são física, negligência/abandono, sexual, financeira e psicológica. Violência física é todo ato agressivo com uso da força física de forma intencional, não acidental, provocando ferimentos ou lesões, deixando ou não marcas evidentes no corpo, podendo até provocar a morte.
Negligência/abandono – É a omissão por familiares ou instituições responsáveis pelos cuidados básicos para o desenvolvimento físico, emocional e social do idoso, tais como privação de medicamentos, alimentação, descuido com a higiene e saúde, ausência de proteção contra o frio e o calor.
Sexual– É configurado por toda ação na qual uma pessoa, fazendo uso de poder, força física, coerção, intimidação ou influência psicológica, obriga outra pessoa a ter, presenciar ou participar, de alguma maneira, de interações sexuais contra a sua vontade.
Financeiro e patrimonial – Consiste no usufruto impróprio ou ilegal dos bens dos idosos e, no uso não consentido por eles, de seus recursos financeiros e patrimoniais.
Psicológica – Corresponde a qualquer forma de desprezo, preconceito e discriminação, incluindo agressões verbais ou gestuais, com o objetivo de aterrorizar, humilhar, restringir a liberdade ou isolar a pessoa idosa do convívio social. Ação que pode resultar em tristeza, isolamento, solidão, sofrimento mental e depressão.
Denúncia – Na capital, as denúncias podem ser feitas diretamente à Delegacia de Proteção a Pessoa Idosa, vinculada à Diretoria de Atendimento aos Grupos Vulneráveis (DAV), localizada na Rua Avertano Rocha, n°417, entre travessas São Pedro e Padre Eutíquio, Bairro da Cidade Velha, ou pelo número da DPID em horário comercial 3222-7564.
No interior do estado, as denúncias podem ser feitas nas unidades policiais ou pelo Disque 100, Disque Denúncia 181 e 190.
Tina DeBord