Brasília – Por margem apertada de votos, 229 votos contrários contra 218 favoráveis e uma abstenção a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/2019, que torna obrigatório o voto impresso, foi rejeitado no Plenário da Câmara dos Deputados na noite desta terça-feira (10). Como se trata de emenda constitucional, para ser aprovada, a matéria precisava de 308 votos favoráveis.
Na semana passada, a emenda constitucional já havia sido derrotada na comissão especial que debateu o projeto, e com a decisão final do Plenário, a matéria será arquivada.
Desde a segunda-feira (9), milícias digitais contra e a favor da matéria trocaram insultos e inundaram as redes sociais de fake news. Uma delas teve como alvo o vice-líder do governo na Câmara, o deputado federal Joaquim Passarinho que já havia revelado ser a favor da aprovação da PEC em live realizada na sexta-feira (6).
Deputados contrários à PEC usaram o direito da palavra para repudiar a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na passagem de blindados das Forças Armadas na Esplanada dos Ministérios, mais cedo, na Esplanada dos Ministérios, que se dirigiam para uma operação de exercício de guerra no campo de treinamento militar na cidade de Formosa, próximo à Capital. O evento já estava agendado, mas foi usado como cavalo de batalha por opositores do governo.
Parlamentares durante a votação, avisaram que não aceitarão qualquer tentativa de golpe. Também associaram o evento a uma tentativa de intimidação ao Poder Legislativo.
Partidários da aprovação da matéria, ainda nutrem a esperança de aprovar matéria parecida, já aprovada na Câmara dos Deputados e que está no Senado.
O deputado Vítor Hugo (PSL-GO), disse que o tema é suprapartidário e que os eleitores de todo o Brasil agora conhece em quem confiaram o voto. “O eleitor quer maior segurança no sistema que recentemente foi invadido por um hacker”, alertou o parlamentar. “O voto de cada um de nós será cobrado nas eleições do ano que vem”, advertiu.
Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.