Ideia é produzir milho para os animais na época de seca. Novo modelo produtivo vem obtendo sucesso na região.
Uma nova fronteira agrícola surge no sul do Pará. Pecuaristas de Xinguara começam a investir na plantação de grãos e apostam na integração entre lavoura e pecuária para promover uma mudança no cenário do agronegócio da região.
A fazenda Santa Rosa abriga um rebanho de aproximadamente 30 mil cabeças de gado. Dos 22 mil hectares da propriedade, 70 hectares foram destinados para o plantio de milho, uma experiência que segundo Roque Quagliato deu certo.
O Pará não produz todo o milho que precisa e por causa da pequena oferta, o grão vendido por lá é 30% mais caro que em Mato Grosso. De olho nesta diferença, o pecuarista resolveu investir pesado e montou na própria fazenda um silo com capacidade para 140 mil sacos do grão. “Se não tiver plantado vai ter que mandar buscar e o frete encarece muito o produto”, diz.
Até pouco tempo andar por uma plantação de milho no sul do Pará era praticamente impossível, mas o cenário vem mudando porque os pecuaristas que se tornaram referência no Brasil e no exterior estão vendo uma nova oportunidade na produção de grãos.
Juliano Comaxine é um dos pecuarista do sul do Pará que se tornou agricultor e fala do bom retorno da técnica da ILP, a integração lavoura-pecuária, um modelo produtivo que está dando certo na região. “Após a colheita do milho, a gente entra com o gado para fazer o corte do capim e ajudar a evitar a erosão do solo”, conta.
Fonte: Globo Rural