A Prefeitura de Marabá acaba de romper uma marca célebre que, no Pará, só Belém e Parauapebas têm o gostinho de cruzar anualmente: R$ 1 bilhão em arrecadação líquida – aquele “dinheiro vivo” do qual já estão deduzidos os descontos legais. A informação foi levantada com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que apurou também que o primeiro bilhão da administração de Tião Miranda foi alcançado na última terça-feira (15). O Blog já havia antecipado, desde o final do ano passado, que o R$ 1 bilhão em receita líquida de Marabá poderia ser alcançado até o final deste ano, e aparentemente aconteceu.
A bem da verdade, a receita de Marabá já havia cruzado R$ 1 bilhão no segundo bimestre deste ano, mas apenas em receita bruta, quando cravou R$ 1.011.440.118,71 em 12 meses corridos encerrados em abril – feitas as deduções sobre a receita bruta, a líquida totalizava R$ 917.314.217,59. Agora, segundo o Portal da Transparência, a Prefeitura de Marabá acumula R$ 1.015.162.734,65 líquidos, valor que está muito acima da projeção orçamentária do ano, de R$ 935.686.382,98.
Porém, há ressalvas quanto ao valor que aparece no portal. Em primeiro lugar, ele ainda não capta receitas que estão previstas para entrar na conta da prefeitura, como os royalties de mineração. Além disso, o valor informado carece de ajuste contábil, o que só será efetuado no fechamento do sexto bimestre, exatamente no último dia deste ano. Pode ser, então, que as aparências enganem quanto à veracidade do valor bilionário que consta do portal.
Em todo caso, não é de se duvidar que a Prefeitura de Marabá esteja, de fato, no caminho do R$ 1 bilhão em receita líquida, até porque ela tem prosperado bastante no quesito arrecadação, sobretudo com royalties de mineração, que aumentaram a participação na fatia da receita a partir da distribuição para municípios diretamente afetados pela mineração – e Marabá se beneficia disso por ser afetado pelas operações de minério de ferro situadas em Parauapebas e Canaã dos Carajás, particularmente por ser cortado pela Estrada de Ferro Carajás (EFC), por onde o minério é escoado até o embarque em São Luís (MA).