PMDB vai participar do governo Jatene. E negocia Presidência da AL
Aos 66 anos de idade, o deputado federal Jader Barbalho está tinindo…
Otimista, bem humorado, não parece arrependido da opção que fez, há 44 anos, pela carreira política, apesar de todos os problemas que já enfrentou: acusações de corrupção, ações judiciais, processo de satanização, prisão e, mais recentemente, a cassação branca do mandato de senador conquistado no último pleito.
“Confesso que vivi”, diz ele, rindo, ao plagiar o poeta chileno Pablo Neruda.
Quer se goste ou não dele, o fato é que Jader é dono da mais duradoura carreira política do Pará.
Vereador, deputado estadual, deputado federal, senador, duas vezes governador do Pará, foi, também, ministro da Previdência e do Desenvolvimento Agrário, presidente nacional do maior partido brasileiro, o PMDB, e presidente do Senado Federal.
E, como acontece há 28 anos, Jader e o seu PMDB exercerão um papel fundamental na estabilidade administrativa do próximo governador paraense – o tucano Simão Jatene, que assume o cargo em primeiro de janeiro e foi eleito com o apoio de algumas das principais lideranças peemedebistas.
Na tarde da última sexta-feira, Jader recebeu a Perereca da Vizinha para uma longa e saborosa entrevista, no apart hotel onde reside, no centro de Belém.
Falou sobre tudo: a prisão, em 2002 – segundo ele, um “seqüestro” ordenado por um “bandido travestido de juiz” -; o empate de cinco a cinco no Supremo Tribunal Federal (STF), que invalidou o seu mandato de senador; as acusações de corrupção pelo extraordinário enriquecimento; o “desconforto” em relação ao governo de Ana Júlia Carepa; a expectativa de que o governo de Jatene seja muito melhor.
Revelou que o PMDB vai, sim, participar do governo de Jatene, com quem já teve uma longa conversa e deve voltar a conversar nos próximos dias. E que no balaio das negociações está, além de uma fatia no Executivo, a manutenção da Presidência da Assembléia Legislativa.
Disse que, até em respeito ao seu 1,8 milhão de eleitores, continuará a lutar para reverter a decisão do STF – um ganho que dá como certo, aliás, quer através de uma revisão decisória pelo próprio tribunal, quer através de novas eleições para o Senado, no estado do Pará.
E considerou que a derrota de Ana Júlia era previsível – e que a governadora, na verdade, perdeu a eleição para ela mesma.
Aqui: http://pererecadavizinha.blogspot.com/
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