A cidade de Santana do Araguaia, no sul do Pará, foi um dos alvos da Operação “Argentarius” deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (1º). A operação tem o objetivo de desestruturar uma organização criminosa que atuava como um banco paralelo financiando atividades criminosas como tráfico de drogas, contrabando de agrotóxico, roubo e adulteração de carga de insumos agrícolas.
Estão sendo cumpridos 29 mandados de busca e apreensão, sendo 23 na cidade de Rondonópolis (MT), quatro em Cuiabá (MT), um Paranavaí (PR) e um Santana do Araguaia. Segundo a PF, as investigações mostraram que já foram movimentados mais de meio bilhão de reais pela organização criminosa.
Apenas entre os dois principais alvos, as movimentações superaram R$ 220 milhões. De acordo com a Polícia Federal, foi constatado que os valores movimentados e os bens são incompatíveis com a renda declarada pelos envolvidos, aumentando as suspeitas de que sejam produto de atividades criminosas.
Também durante as investigações, verificou-se a existência de laranjas que emprestavam suas contas para ocultar a origem e destino dos valores. Da mesma forma, essas pessoas não possuem poder econômico para tais movimentações.
Ainda foi verificada, observa a PF, a existência de várias empresas de fachada, as quais não possuíam nenhum funcionário registrado e indicavam endereços inexistentes. O nome da operação faz referência aos Argentarius, que eram personagens do Império Romano responsáveis por bancos de depósito e operações de câmbio.
Eram bancos particulares, com atuação, portanto, semelhante ao do principal alvo da operação deslanchada nesta quarta-feira.
Tina DeBord- com informações da PF