Em conjunto com o Núcleo de Inteligência Previdenciária, a Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (06) a segunda fase da Operação Melhor Idade. Na mira, um amplo esquema de fraudes envolvendo benefícios assistenciais destinados a idosos, que até agora resultou num prejuízo de cerca de R$ 23 milhões aos cofres públicos, e poderia chegar a R$ 35 milhões se o esquema não fosse interrompido neste início de ano.
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Nas investigações, a PF identificou uma organização criminosa estruturada em diferentes níveis, responsável por falsificar documentos públicos, abrir contas bancárias, obter benefícios de forma indevida, além de realizar empréstimos consignados utilizando dados de “idosos de aluguel”, com mais de 65 anos, idade mínima exigida para a concessão do Benefício de Prestação Continuada.
Em janeiro de 2024, três investigados foram presos, com apreensão de celulares, mídias documentos falsos, cartões de benefícios, extratos bancários e anotações. À época, a Justiça Federal decretou diversas medidas cautelares, incluindo mandados de busca e apreensão, cancelamento de CPFs, bloqueio de contas bancárias, suspensão de benefícios irregulares, sequestro de bens e, em alguns casos, prisão.
Contudo, a operação da PF não intimidou os criminosos e o grupo prosseguiu com novos saques de benefícios irregulares, o que resultou na retomada das investigações. Assim, na manhã desta quinta-feira (06), novos mandados foram cumpridos em desfavor de 16 novos investigados, nos Estados do Piauí, São Paulo, Goiás e Distrito Federal.
Para realizar a fraude, os “idosos de aluguel” emprestavam suas características biométricas (impressões digitais e fotos) para dar aparência de legitimidade a essas identidades falsas. Alguns chegaram a figurar em mais de 30 identidades. Já foram identificados 21 “idosos de aluguel”, que tiraram cerca de 285 CPFs e títulos eleitorais com as identidades falsas.
Com estes documentos, contendo dados biográficos falsos, mas ostentando biometria (face e digital) dos “idosos de aluguel”, o grupo criminoso conseguiu abrir contas bancárias, ingressar no Cadastro Único do governo federal e obter aproximadamente 259 Benefícios de Prestação Continuada ao Idoso, que paga um salário mínimo por mês. Além disso, usando a margem consignável deste benefício, os fraudadores solicitaram diversos empréstimos consignados.
Fotos: Assessoria de Comunicação/PF
1 comentário em “PF retoma operação contra fraudes junto ao INSS”
As coisas são tão difíceis prá quem trabalha e contribui, para os bandidos tudo é facilitado dentro do próprio inss.