Motocross não é só adrenalina nas pistas, também é solidariedade. Os pilotos do esporte radical abraçaram a causa social e doaram cestas básicas para famílias carentes dos bairros Invasão do Castanheira e Bela vista, em Garrafão do Norte, município paraense. As doações foram feitas na última segunda-feira, 14.
A iniciativa partiu do piloto José Humberto, número 69, conhecido como Betão, que já fez isso há anos, com o apoio das suas filhas e esposa. Atualmente o piloto buscou apoio dos pilotos companheiros de esporte, que abraçaram a causa com amor. “No corre-corre do dia a dia a gente acaba esquecendo o próximo, só lembramos quando acontece alguma coisa, mas, graças a Deus, as pessoas colaboraram. Houve ajuda da equipe de Motocross de Moju, de Ulianópolis, pessoal da trilha e outros. Isso é muito bom e gratificante”, detalhou o piloto.
O presidente da Ds Sports, Paulo Henrique Bento, o Soró, quem organiza o Campeonato Paraense de Motocross e a Copa Nordeste Pará de Motocross, parabenizou a iniciativa do piloto e adotou a ação “Motocross Solidário”. “Em todas as provas que a Ds estiver presente, vamos arrecadar cestas básicas junto aos pilotos, equipes e amantes do esporte para doarmos às instituições filantrópicas do município onde será realizada a prova de Motocross. Graças a Deus abraçamos a ideia do nosso amigo Betão e nós sabemos a importância dessa atitude que estamos tomando junto o esporte”, afirmou.
Edilene Fontenele, coordenação do CRAS Severo Simplício de Carvalho, foi quem recebeu e realizou as entregas das cestas básicas às famílias. “É gratificante ver pessoas compromissadas com o esporte lembrarem das nossas famílias carentes de Garrafão do Norte. Ficamos felizes por vocês nos procurarem e nos entregarem as cestas básicas”, disse a assistente social.
Maria Marcelia Amorin, assistente social do serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), vinculado ao Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), de Garrafão do Norte, também recebeu as cestas básicas e esteve presente na entrega às famílias. Segundo ela, duas palavras definiram o olhar das famílias ao receberem as cestas básicas: dignidade e equidade. “Dignidade para eles que muitas vezes são esquecidos por uma sociedade que visa os mais favorecidos, equidade por tratar os desiguais em sua proporção, pois somos todos iguais, independente de raça, religião ou posição social. O que para muitos parece pouco, para eles foi muito mais que um alimento, foi a alegria de ver seus filhos tendo o que jantar ou almoçar”, concluiu a assistente.
Por Rosiane Rodrigues / Foto: Amynthas Gleyzer