Brasília – Uma reunião da liderança do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados protocolou a indicação dos seis membros que farão parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A CPI será composta por 27 deputados titulares e 27 suplentes. O deputado federal Delegado Éder Mauro (PL-PA) será membro titular.

Além dele, participarão também os deputados Domingos Sávio (PL-MG), Capitão Alden (PL-BA), Marcos Pollon (PL-MS), Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Caroline de Toni (PL-SC).

O relator da comissão também deve ser do partido: o deputado federal Ricardo Salles (SP), ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro foi o indicado. Já o presidente da comissão deve ser o deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), que apesar de não integrar o PL, é oposição ao governo.

Os líderes partidários aguardam apenas o retorno do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que está em viagem ao exterior, para indicar todos os integrantes. Após isso, deve ser instalado o colegiado.

Se o relator e o presidente forem da oposição, o vice-presidente tende a ser alguém da base governista.

Com 171 assinaturas, o requerimento da CPI recebeu o apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Segundo um levantamento da FPA, desde o início da gestão petista, o MST invadiu 40 propriedades públicas e privadas no Brasil. O número supera os quatro anos do governo anterior, que registrou 34 invasões.

A CPI deve investigar qual o propósito do MST, quem são os financiadores do movimento e qual a situação das propriedades invadidas.

_{Por Val-André Mutran – de Brasília}