Mais completa plataforma de inovação em negócios da bioeconomia na Amazônia, e voltada à conservação florestal, a Jornada Amazônia surge com a ambição de alavancar efeitos junto a empreendedores que acreditam que a economia e os ecossistemas naturais são interdependentes. Sob a coordenação da Fundação CERTI, a iniciativa conta com o investimento do Fundo Vale, por meio do seu Programa de Bioeconomia, e das instituições bancárias privadas participantes do Plano Amazônia – Bradesco, Itaú e Santander.
“Temos apoiado o trabalho da Fundação CERTI na Amazônia desde 2021, porque acreditamos na união entre inovação e negócios para fortalecermos uma bioeconomia que mantenha a Floresta Amazônica em pé. Essa parceria entre a CERTI, o Fundo Vale e os bancos do Plano Amazônia proporcionará um ganho de escala nas ações,” afirma a diretora do Fundo Vale, Patricia Daros.
O anúncio da Jornada Amazônia coincide com a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27), realizada no Egito durante as últimas semanas. Com o início das operações, o primeiro edital será lançado no início de 2023, mas até lá, novos parceiros devem aderir à iniciativa.
“Nessa plataforma, o Plano Amazônia evolui para impulsionar os empreendedores que construirão a bioeconomia do século 21 por meio de não só financiamento, mas também apoio técnico,” comenta Denis Minev, co-fundador da Fundação Amazonas Sustentável e do Museu da Amazônia. “Mais importante ainda é o foco em desenvolver talentos e empreendimentos locais, em diferentes territórios da Amazônia, para que estes liderem a transformação”.
Metas e frentes de funcionamento da iniciativa
A nova plataforma terá três frentes complementares, voltadas para a região amazônica. A primeira delas visa o fortalecimento da cultura empreendedora, inovadora e de impacto positivo para a floresta, ao elevar o número de empresas dos setores da bioeconomia. Aproximadamente 3 mil talentos locais serão capacitados em empreendedorismo inovador, além do fomento à criação de até 200 startups, com apoio incluindo mentoria, treinamentos e recursos não-reembolsáveis, auxiliando-as nos seus primeiros passos.
A segunda frente consiste no processo de melhoria das condições de performance das startups mais promissoras, considerando as já existentes na Amazônia – ou de outras regiões, mas com impacto positivo na Amazônia –, bem como aquelas criadas no âmbito da iniciativa. A Fundação CERTI irá fornecer suporte técnico, tecnológico e de gestão para reduzir riscos técnicos e acelerar a evolução das 100 startups mais promissoras.
Também facilitará conexões diretas com pelo menos dez indústrias âncoras para a validação dos produtos ou soluções e investimentos nas empresas. A participação da indústria permitirá tracionar as cadeias sustentáveis da floresta. “Melhorar o desempenho das startups que atuam no território amazônico criará referência para a bioeconomia inovadora na região, fortalecendo ciclos posteriores do projeto,” explica o diretor de Economia Verde da fundação, Marcos Da-Ré.
A terceira frente tem por objetivo o fortalecimento de até dez organizações estratégicas do ecossistema, por meio de capacitações, intercâmbio de know-how e de processos, co-investimento ou operações conjuntas financiadas no âmbito da iniciativa. A Fundação CERTI apoiará incubadoras, aceleradoras e venture builders para que possam alcançar um número crescente de startups e ajudá-las a sobreviver às etapas iniciais de formação, fase mais vulnerável para esses negócios.
“A nossa missão é estimular um ecossistema pujante de negócios inovadores e escaláveis da bioeconomia na Amazônia, de forma a promover a competitividade da floresta em pé, tanto conservada como restaurada,” acrescenta Da-Ré.