A Polícia Militar prendeu e apresentou na 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas, ao delegado plantonista Gabriel Henrique Costa, Lenilson da Silva e Silva. Ele é acusado dos crimes de lesão corporal dolosa, ameaça de morte e cárcere privado, cuja vítima foi Márcia dos Santos Santiago, 21 anos. Os crimes aconteceram na Vila Carimã, na zona rural de Parauapebas, a 87 km da sede do município, onde ele foi preso por volta das 17h30 de ontem, segunda-feira (15). Lenilson foi enquadrado na Lei 11.340/2006 – Lei Maria da Penha -, pelo crime de violência doméstica.
A polícia chegou até a Vila Carimã após uma irmã de Márcia, que pediu à Reportagem para ter o nome preservado, ter viajado 925 km, de Vargem Grande, no Estado do Maranhão, até Parauapebas, depois de ter recebido um pedido de socorro da vítima em uma ligação de celular. Imediatamente a família fez uma vaquinha e alugou um automóvel por R$ 3 mil para vir socorrer Márcia Santiago.
Ela estava em Parauapebas havia um ano, após ter vindo de Vargem Grande com os três filhos do casal, de dois, cinco e sete anos de idade, morar com Lenilson. Antes eles moravam naquela cidade maranhense, mas a mulher decidiu pela separação por causas das constantes brigas entre o casal, motivadas por infidelidade da parte dele. Após a separação Lenilson se comprometeu em alugar uma casa para a mulher e para os filhos, mesmo estando separados, e também a sustentá-la e aos filhos.
Um mês depois, o homem viajou a Parauapebas em busca de emprego e conseguiu trabalho em uma fazenda da Vila Carimã. Trinta dias depois pediu que Márcia Santiago trouxesse os filhos e voltassem a viver juntos. O pedido foi atendido e a mulher e os filhos já estavam com Lenilson havia um ano.
Porém, no último sábado, dia 13, ela disse ao homem que queria a separação e que eles poderiam ficar somente como amigos. A reação de Lenilson foi grosseira. O homem disse à mulher que ela ficaria com ele até quando ele quisesse e até quando ele comprasse um terreno e mandasse construir uma casa.
Ao mesmo tempo, ele tomou o celular da mulher a fim de evitar que ela pedisse ajuda à família para voltar a Vargem Grande. Ela, entretanto, conseguiu recuperar o telefone a contou aos familiares que ele a agrediu a socos, deixando seu rosto com um hematoma em um dos olhos, a enforcou e a ameaçou de morte.
A irmã de Márcia disse à Reportagem do Blog que, mesmo com a prisão de Lenilson ela teme que um dia ele volte a Vargem Grande e possa atentar contra Márcia. “Não sabemos até quando ele vai ficar preso. Isso, se for preso mesmo. E tememos que ele volte”, disse, demonstrando preocupação.
(Caetano Silva)