Na noite de ontem, sexta-feira (19), uma guarnição de policiais militares, da Ronda Ostensiva com Apoio de Motos (Rocam), prendeu Eduardo Luís Libinski Júnior. Ele foi flagrado na loja de conveniências de um posto de combustíveis no Bairro União, com oito comprimidos de ecstasy. Em casa, no Residencial Mc Ville, o acusado guardava mais 1.203 pílulas da droga. A venda do entorpecente lhe renderia cerca de R$ 60 mil no mercado de drogas de Parauapebas.
Eduardo Luís estava no posto quando a equipe de motos da PM chegou, buscando abrigo diante da chuva que estava caindo na cidade. Os policiais, no entanto, estranharam a atitude dele diante da chegada da guarnição.
Mostrando certo nervosismo, Eduardo saiu de perto dos policiais e entrou na loja. Imediatamente, os PMs o abordaram e ele foi revistado. Nos bolsos, carregava oito comprimidos da droga. Interrogado. Ele confessou que vendia o ecstasy em bares e festas na cidade.
Na casa em que ele morava, foram encontrados mais 1.203 comprimidos. No local, estavam mais dois homens. Um deles se identificou como dono do imóvel e o outro estava ingerindo bebida alcoólica. Eduardo inocentou ambos, afirmando que eles não sabiam da existência dos comprimidos na casa.
Em seguida, ele foi conduzido, junto com os comprimidos, para a 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil e entregue ao delegado Dufrae Abade Paiva, para os procedimentos legais.
Sobre o ecstasy
O ecstasy é uma droga psicoativa, conhecida quimicamente como 3,4-metilenodioximetanfetamina e abreviada por MDMA. Foi produzido por uma indústria farmacêutica no ano de 1914 com o intuito de ser utilizado como supressor do apetite, mas nunca foi utilizado para essa finalidade.
Nos anos 1960, começou a ser utilizado por psicoterapeutas para elevar o ânimo de pacientes; e na década de 1970 passou a ser consumido recreativamente, sendo disseminado principalmente entre estudantes universitários. O uso dessa droga é proibido em vários países, inclusive no Brasil.
O uso do ecstasy causa lesões irreversíveis nas células nervosas. O usuário passa a apresentar perturbações mentais e comportamentais, como dificuldade de memória, tanto verbal quanto visual, dificuldade de tomar decisões, ataques de pânico, depressão profunda, paranoias, alucinações, despersonalização, impulsividade, impotência sexual, perda do autocontrole e morte súbita por colapso cardiovascular.
Também causa lesão no fígado, que fica amolecido, além de aumentar de tamanho, com tendência a sangramentos. O quadro pode evoluir para hepatite fulminante, podendo causar a morte caso não haja um transplante.
No coração, a aceleração dos ritmos cardíacos e o aumento da pressão arterial podem levar à ruptura de alguns vasos sanguíneos, causando sangramentos e consequente hemorragia interna, o que pode levar à morte.
(Caetano Silva)