O comando da 18ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) do Pará, com base operacional no município de Jacundá, e responsável por Goianésia do Pará, ambos na região sudeste do Estado, apresentou balanço de uma operação realizada nesta semana para combater o tráfico de drogas e a fim de tentar esclarecer alguns homicídios registrados em Goianésia do Pará.
Os sargentos Denis, Paulo Barbosa, Damasceno; cabo De Carlos; e soldados Borges e Ruan; e sargento Henrique e cabo Oliveira, ambos da Polícia Rodoviária Estadual, compuseram a ação policial que resultou na apreensão de 200 gramas de maconha, 10 gramas de pedra tipo óxi, dois revólveres calibre 38 com quatro munições intactas, cinco aparelhos celulares e R$ 690,00 em dinheiro. Quatro adultos foram presos em flagrante e dois menores apreendidos.
Uma investigação registrou envolvimento de membros do Comando Vermelho nas ações criminosas e, no último domingo (3), a Polícia Militar de Goianésia recebeu uma denúncia anônima informando o local em que estavam os criminosos.
A operação foi realizada no dia seguinte, segunda-feira 4), e teve como alvo três endereços. Em dois deles havia oito pessoas e no terceiro foram encontradas as armas. “De posse das informações repassadas pelos suspeitos presos no primeiro endereço, por volta das 20h conseguimos identificar uma mulher conhecida como ‘Loira’ ou ‘Tia Neusa’, da Facção Comando Vermelho. Tínhamos a informação de que as armas utilizadas nos últimos homicídios da cidade estariam na casa dela”, conta o major Fábio Rayol, comandante da 18ª CIPM.
Ao ser abordada, segundo ele, a mulher disse que tinha apenas drogas e dinheiro e que as armas estavam guardadas na casa de um amigo. “Fizemos o deslocamento e lá foram encontradas as armas. Com a ‘Tia Neusa’ encontramos cerca de 200 gramas de maconha e 10 g de pedra tipo óxi”, afirma oficial.
Rayol afirma que os acusados confessaram, em depoimento, homicídios e assaltos praticados em Goianésia. A PM descobriu também que a facção contava com os serviços de duas “tesoureiras” da quadrilha, uma de Tailândia e outra de Tucuruí. “Uma delas tinha a função de recrutar e disciplinar bandidos para efetuarem os crimes. Eles são conhecidos como ‘Jack do CV'”, contou o comandante da 18ª CIPM.