Do Vale do Jequitinhonha (MG) para Parauapebas (PA), onde já mora há 22 anos, Olinto Vieira trouxe consigo o gosto pelas artes, sendo uma delas a literatura. O garoto, descendente de mineiros simples do interior, já escrevia poesias desde sua adolescência, tendo, depois, se arriscados nos rabiscos que hoje são lindas telas nas quais estampam sua “realidade oculta”.
“No período escolar, na época chamado de Primário, eu fazia caricatura dos professores. E hoje sou surpreendido por algumas que foram guardadas”, lembra Olinto, mensurando que, “de risco a rabiscos”, já é grande sua coleção de arte.
Mas, como todo poeta, Olindo é um sujeito discreto e, de certo modo, tímido. Tendo revelado suas habilidades poéticas apenas para amigos e nas colunas de diversos jornais impressos, estando entre eles: O Regional, Carajás o Jornal e Correio do Pará, que publicaram suas poesias e crônicas por vários anos.
Porém, chegou o momento de tornar ainda mais públicas suas poesias, através a publicação de um livro. E, nada mais digno e justo que reunir os amigos para testemunhar essa conquista, o que ocorreu na noite de autógrafos, ontem, quinta-feira (9), momento em que Olinto Vieira autografou diversos exemplares de seu livro Quando Éramos Reis, obra que reúne mais de 100 poemas de sua autoria, publicado pela editora Folheando.
“A primeira edição esgotou. Não esperava tamanha aceitação. Mas providenciaremos outra tiragem para que outras pessoas possam ter acesso à coletânea de poesia”, afirmou Olinto Vieira, com a modéstia que cabe aos poetas.
Não foi apenas a venda dos livros que mostrou a aceitação dos presentes. Mas, além de lerem ali mesmo o conteúdo, muitos deles declamaram a poesia que elegiam como a melhor. Depois, foi a vez do escritor bater um papo descontraído com a jornalista Hanny Amoras, momento em que, além de contar um pouco de sua trajetória artística, demonstrou seu bom humor e a fé na vida e no ser humano, o que ele deixou claro na primeira frase da primeira poesia publicada no livro: “Poesia é poeira de estrelas, deixada por Deus para brilhar o mundo”.
O livro Quando Éramos Reis traz o prefácio de Geraldo Abdala, médico neurologista, cronista, professor universitário e “professor de vida”. A dedicatória da obra foi para Marlene Campos Vieira, mãe de Olinto Vieira, a quem ele qualifica como sua inspiradora.
Noite de autógrafos
Contando com a presença de vários amigos, a maioria advogados e jornalistas, representante da APL – Academia Parauapebense de Letras, e OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, a noite de autógrafos para o lançamento do livro Quando Éramos Reis ocorreu no Espaço Dom Mendonça, a partir das 19 horas.
A música ficou a cargo dos amigos que se juntaram e formaram um trio que deu show à altura do evento: Dulci Cunha (voz e flauta), Felipe de Judah (voz e violão) e Peixinho (vibes – bateria).
(Reportagem e fotos: Francesco Costa)