Equipes de policiais civis de Marabá e de Belém já estão em Parauapebas para, com a equipe da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, trabalhar em ações coordenadas na elucidação da chacina ocorrida na cidade, em que foram vítimas sete jovens – seis homens e uma mulher –, provavelmente provocada pela guerra entre facções criminosas que vem recrudescendo no município. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (16), em coletiva concedida pelo delegado Élcio Fidélis de Deus, diretor da Seccional.
Thawanne Dias de Jesus, 22 anos, Antônio Carlos Chaves Souza, Felipe Silva de Carvalho, Jefferson Santos de Andrade e Marcos Antônio de Oliveira Andrade estavam desaparecidos desde o último domingo (12). Seus corpos foram encontrados na tarde desta quarta-feira (15), em área de mata do Bairro Vila Nova. Todos foram esgorjados, ou seja, tiveram as gargantas cortadas.
Élcio de Deus disse que, no momento em que foi informado a respeito dos assassinatos, estava reunido com representantes dos órgãos de segurança pública do município e do estado, tratando justamente da guerra de facções em Parauapebas, um assunto que, segundo afirmou, deve ser tratado com mais profundidade, dados os crimes de homicídios que vêm acontecendo frequentemente no município.
Conforme o delegado, a equipe da Divisão de Homicídios da 21ª Seccional está trabalhando na identificação dos assassinos que cometeram a chacina e já tem alguns nomes. Com as equipes de Marabá e Belém, cada uma será direcionada a um tipo de investigação e trabalharão com troca de informações.
Ele disse ainda que a equipe de policiais da Seccional já estava em alerta desde o início da semana, devido ao número crescente de Boletins de Ocorrência registrados, dando conta de pessoas desaparecidas.
Indagado acerca da atuação crescente das facções criminosas em Parauapebas, Élcio de Deus disse que a polícia já vem fazendo um trabalho com foco nessa questão e espera dar, sem demora, uma resposta à comunidade. Ele lembra que, antes da questão policial, é preciso ter em vista o aspecto social de toda essa situação.
A ausência do comandante do 23º Batalhão de Polícia Militar ou de um representante da PM em Parauapebas foi observada pelos repórteres presentes à coletiva. (Caetano Silva)