Policiais civis prenderam, nesta sexta-feira (19), Valdenir Farias Lima, um dos envolvidos nos seis assassinatos ocorridos no último dia 22 de março, na zona rural de Baião, nordeste paraense. Entre os as vítimas, Dilma Ferreira da Silva, 45, que fez parte do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), na região de Tucuruí. A prisão foi resultado de operação conjunta de policiais civis do Núcleo de Inteligência Policial (NIP), do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) Tucuruí, Grupo de Pronto-Emprego (GPE) e Superintendência Regional do Lago de Tucuruí. Em depoimento, Valdenir confessou ter participado dos seis assassinatos.
Ele revelou que quem encomendou as mortes foi o fazendeiro Fernando Ferreira Rosa Filho, 43 anos, indiciado em inquérito policial como mandante das mortes. Segundo Valdenir, os homicídios foram motivados por grilagem de terras. Conhecido como Fernandinho, o fazendeiro foi preso em 26 de março por mandado judicial de prisão. Ainda, em depoimento, o preso confessou ter participado das execuções das mortes juntamente com os irmãos Alan Alves, Marlon Alves, Glaucimar Francisco Alves e Cosme Francisco Alves.
Destes, Cosme já está preso desde o dia 1º deste mês, quando foi localizado por uma guarnição da PM em Nova Ipixuna. Os outros três irmãos estão foragidos. Ainda, em depoimento, o preso Valdenir confirmou que, primeiramente, o grupo criminoso matou as três vítimas – Marlete da Silva Oliveira, Raimundo de Jesus Ferreira e Venilson da Silva Santos – que eram funcionários da fazenda de propriedade de Fernando. Após as vítimas serem mortas, os corpos foram carbonizados.
Em seguida, o mesmo grupo foi até a residência da Dilma, no assentamento Salvador Allende, em Baião, onde a executaram a facadas juntamente com o companheiro dela, Claudionor Amaro Costa da Silva e Milton Lopes, um amigo do casal. Depois de matar as vítimas, um dos criminosos – Marlon Alves – roubou uma caixa de som e o celular de Dilma. O assentamento fica a 14km de distância da fazenda de Fernando. As investigações resultaram do trabalho de uma força-tarefa da Polícia Civil, sob comando do delegado-geral Alberto Teixeira, enviada à região de Baião para investigar as mortes ocorridos no assentamento e na fazenda. (As informações são da Assessoria de Imprensa da Polícia Civil do Pará)