Equipes da Superintendência Regional do Baixo Tocantins e da Delegacia de Repressão de Roubo a Banco e Antissequestro conseguiram identificar quatro homens suspeitos de fazerem parte do grupo de criminosos que tocou o terror no município de Cametá, na madrugada desta quarta-feira (2). Um dos carros utilizados por eles foi resgatado do rio Itaperaçu, município de Baião, no Baixo Tocantins.
Dentro do veículo foram encontrados fragmentos, explosivos e projéteis. O material foi encaminhado para o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves para serem periciados. As equipes da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) continuam na cidade, realizando diligências juntamente com as guarnições da Polícia Militar.
“As investigações estão em estágio avançado. Já ouvimos testemunhas, tivemos acesso às imagens de circuito interno e estamos diligenciando para o quanto antes esclarecer o caso e prender os criminosos,” enfatizou o delegado-geral Walter Resende. As imagens do circuito interno da agência bancária e estabelecimentos comerciais da região foram coletadas e estão sendo analisadas.
No veículo encontrado nesta quarta-feira (2), havia 38kg de dinamite deixados pelos assaltantes. “Neste veículo há alguns indícios também do armamento utilizado pelo grupo, como cartuchos e outros itens. Nós estamos com equipes com incursão na mata, mais ou menos na proximidade onde se acredita que os criminosos estejam escondidos ainda,” afirmou Ualame Machado, titular da Secretaria de Segurança Pública do Pará.
Vítima
Alessandro de Jesus Lopes Moraes, de 25 anos, foi enterrado nesta quinta-feira (3), no cemitério de Cametá. Ele foi assassinado durante a ação da quadrilha.
Segundo testemunhas, Alessandro era um dos reféns que estavam no escudo humano, mas foi atingido por tiros quando tentou fugir. O jovem trabalhava numa farmácia, no centro da cidade.
Novo Cangaço
A quadrilha levou pânico entre os moradores de Cametá na madrugada desta quarta-feira (2). Cerca de 20 criminosos, fortemente armados com fuzis e explosivos, atacaram as agências bancárias e o quartel da Polícia Militar. Eles fizeram os moradores de reféns durante a ação, que durou mais de uma hora.
Por Dayse Gomes