Polícia Civil investiga empresa suspeita de aplicar golpes através do esquema “pirâmide”

De acordo com as investigações, foram movimentados cerca de R$ 50 milhões em fraude. A PC cumpriu mandados de busca e apreensão.

Continua depois da publicidade

A Polícia Civil, através da Diretoria Estadual de Combate a Corrupção (Decor) deflagrou na manhã desta sexta-feira (8) a “Operação Wolf”, dando cumprimento a oito mandados de busca e apreensão na casa do representante legal de empresas ligadas ao grupo Wolf Invest. De acordo com a Divisão de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD) a empresa de investimento financeiro é suspeita de aplicar golpe em mais de mil clientes na cidade de Belém.

Na residência foram apreendidos documentos e um revólver calibre 32, com seis munições. O investigado não estava em casa. O caseiro foi conduzido para prestar esclarecimentos. Segundo a Polícia Civil, o esquema teria movimentado cerca de R$ 50 milhões em fraudes.

Golpe

De acordo com as investigações, o representante da empresa Wolf seria o criador do esquema “piramidal”, caracterizado pelo contínuo recrutamento de investidores, utilizando-se dos recursos financeiros trazidos pelos clientes para remunerar os membros das camadas anteriores da “pirâmide”.

“Este tipo de esquema traz à tona o cometimento de possíveis crimes como fraude, estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa”, explicou o delegado-geral Walter Resende.

De acordo com os depoimentos das vítimas, muitos clientes foram atraídos pela oferta de lucros elevados em pouco tempo. A empresa Wolf Invest garantia um investimento com rendimento de até 10% ao mês.

“Uma das vítimas relatou ainda que o dono da empresa disse que os clientes que investissem acima de R$ 100 mil teriam uma escritura de imóvel no valor como garantia, chamada ‘garantia imobiliária’. Até o momento, nenhum cliente recebeu escritura de imóvel ou teve a quantia devolvida”, ressaltou o titular da Polícia Civil.

(Com informações da PC)