Após mais 06 meses de investigações, a Polícia Civil logrou êxito em descobrir uma Associação Criminosa especializada na criação e divulgação das chamadas “fakes news” na cidade de Tucuruí e Região do Lago.
As notícias falsas eram usadas para atacar os Poderes do Estado (Legislativo Municipal, Executivo (Polícia Civil) e Judiciário), através da execração dos seus membros com atuação na cidade de Tucuruí e Região do Lago.
Os ataques aos Poderes eram realizados através de publicações em redes sociais de “fakes news” (notícias falsas) e de “memes” (montagens digitais) envolvendo as vítimas de maneira criminosa.
As vítimas eram, em sua maioria, empresários locais, além de juízes, promotores de justiça e delegados de polícia.
O escopo da Associação Criminosa era desestabilizar a ordem pública, tentando implantar no seio social o descrédito nas instituições responsáveis pela persecução penal, notadamente nas de repressão a crimes e investigações de fatos de grande relevância na Cidade.
Além dos Poderes do Estado (vítima reflexa), o então Delegado Geral da Polícia Civil, todos os três promotores de justiça com atribuição na Comarca de Tucuruí e vários magistrados foram vítimas da Associação Criminosa desbaratada na manhã de hoje.
A situação se tornou insustentável e o clamor social se açodou sobremaneira nos últimos meses. Toda semana saia uma “fakes news” nova e a Cidade de Tucuruí se instabilizava socialmente.
Investigando, a Polícia Civil descobriu uma associação de pelo menos 12 pessoas que se reuniam articuladamente para praticar crimes contra a honra de empresários, políticos, funcionários públicos e membros de poderes do Estado.
Essa Associação Criminosa era composta por “coletores”, “criadores” e “difusores”. Todos com atuações determinadas na produção e disseminação das “fakes news”.
Os Coletores eram responsáveis por “garimpar” na internet notícias e imagens com aptidão para se transformar em “fake news”, repassando-as aos criadores.
Estes, produziam as “fakes news” e os “memes” e os repassavam a uma rede de difusão que se retroalimentava através das redes sociais, notadamente por grupos de WhatsApp e Facebook.
Em pouquíssimo tempo, a notícia falsa se espalhava por toda a Cidade de Tucuruí, o Estado do Pará e, até mesmo, em outros Estados da Federação.
O clima de instabilidade se espalhava na Cidade e as autoridades públicas passam a ser vítimas do exercício legítimo das suas funções constitucionais.
Além disso, a persecução penal relacionada a vários crimes relevantes começava a ser questionada, fato que aflorava ainda mais os ânimos dos mais exaltados.
Dai agressões passavam a ser trocadas, movimentos populares entravam em confrontos nas ruas e o escopo da AC era atingido: ferir a ordem pública e conturbar a instrução de vários inquéritos e ações penais.
As investigações relacionadas a Operação Último Sorriso continuam, pois já há indícios de que os membros da AC possuíam financiadores e administradores, os quais, dentro em breve, também serão chamados às suas responsabilidades pela Polícia.
Nesse sentido, após um Inquérito Policial de mais 500 páginas, o Poder Judiciário local expediu 13 mandados, sendo 08 de buscas e apreensões e 05 de prisões preventivas na Cidade de Tucuruí e Região Metropolitana de Belém.
Na manhã de hoje, a Polícia Civil cumpriu todos os 13 mandados expedidos pela Justiça, demonstrando assim que esse tipo de crime não ficará impune e que não há anonimato para a Polícia.
Foram presas simultaneamente 05 pessoas, sendo 03 em Tucuruí e 02 na Região Metropolitana de Belém. Vários mandados de buscas e apreensões também estão sendo cumpridos nesse momento.
Com as aproximações das eleições, uma advertência: a Polícia Civil e os demais órgãos públicos do Estado estão atentos a esse tipo de crime e os seus responsáveis serão chamados a responder por eles perante a Justiça.
Foram cumpridos Mandados de Prisão Preventiva contro o Major PM Leonardo do Carmo Oliveira; a advogada Glaucia Rodrigues Brasil Oliveira, esposa do Major; Rômulo Aquino de Oliveira Cuppari; Fábio Campos Nascimento e André Luis Fonseca Fontana.
As informações são da Polícia Civil do Estado do Pará.