Menos de uma semana depois do crime filmado que abalou Marabá e região, a Polícia já prendeu o autor dos disparos contra o professor do IFPA Ederson Santos. Como divulgado na madrugada desta sexta-feira, 10, por este blog, Felipe Freire Sampaio Gouvea foi preso em Imperatriz-MA, interrogado pela Polícia Civil e hoje transferido para o presídio Anastácio das Neves, em Belém.
Mas o trabalho policial não terminou. Ainda está foragida sua namorada e classificada como coatora do assassinato Thaís Santos Rodrigues, que no vídeo aparece discutindo com a vítima e, após os disparos efetuados por Felipe Freire, ela sai com o namorado do local do crime demonstrando certa tranquilidade.
A foto de Thaís Santos Rodrigues foi divulgada na tarde desta sexta-feira e a jovem tem mandado de prisão decretado. Segundo a delegada Simone Felinto, superintendente de Polícia, é uma questão de tempo a prisão da suspeita.
Felipe foi preso na noite de ontem em Imperatriz (MA). Ele está com mandado de prisão temporária decretado pela 3ª Vara Criminal de Marabá. O PM recebeu a ordem de prisão em seu quartel de trabalho na cidade maranhense. O delegado Ivan Pinto, que está à frente das investigações e o delegado Vinícius Cardoso, diretor da Seccional de Polícia de Marabá, levaram o mandado de prisão para Imperatriz e prenderam Felipe Gouvea.
O PM é lotado no 3º Batalhão de Polícia Militar de Imperatriz e foi preso no quartel. O Fox vermelho, placa OFM-8620, placa de Marabá, estava com mandado de busca e apreensão e já estava com documentação atrasada há dois anos. O veículo é o mesmo que se envolveu na batida de trânsito em Marabá e foi localizado na casa de Thaís, no bairro Novo Horizonte.
Felipe está com dois anos na Polícia Militar do Maranhão, tendo sido aprovado no último concurso. Ele morou muito tempo em Marabá, sendo bastante conhecido no bairro Morada Nova.
Nesta sexta-feira, o juiz Alexandre Hiroshi Arakaki, titular da 3ª Vara Criminal, autorizou a transferência de Felipe para o Centro de Recuperação Anastácio das Neves (Crecan), na Região Metropolitana de Belém. Na decisão, o magistrado destaca que pela filmagem é possível ver uma pessoa “com comportamento aparentemente calmo, que efetua disparos de arma de fogo a direção da cabeça da vítima, vasculha as vestes desta e sai andando calmamente, demonstrando preparo e frieza”.