A Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje (31), a Operação Concisor *, com objetivo de coibir crimes ambientais no estado do Pará.
Cerca de 60 Policiais federais dão cumprimento a 15 mandados judiciais, sendo quatro mandados de prisão, cinco mandados de busca e apreensão e seis de conduções coercitivas, bem como ordens judiciais de afastamento de servidores da função pública, em cinco cidades do interior do Pará: Marabá, Parauapebas, Breu Branco, Canaã dos Carajás e Eldorado dos Carajás.
A operação que contou com o apoio de informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), durante toda a investigação, tem entre os presos, servidores do órgão ambiental que são suspeitos de repassar informações para madeireiras e outras pessoas fiscalizadas pela autarquia federal em troca de vantagens indevidas ou dinheiro em espécie.
Os investigados vão responder por corrupção passiva, ativa e concussão. Se condenados, podem pegar penas de prisão de até oito anos de reclusão, além de multa.
( * ) – Concisor significa cortar o mal, exterminar e derrubar o crime.
Atualização
Em Parauapebas o empresário Sidney Carlos Osterman, conhecido pelo apelido de Macarrão foi conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos. Macarrão é proprietário da Madeiras Rio Verde. Na sede da empresa, em Parauapebas, a Polícia Federal apreendeu computadores e documentos.
Em Marabá a PF prendeu três servidores do Ibama.
A Polícia Federal concederá entrevista coletiva hoje, às 10 horas, na sede do órgão, em Marabá.