Brasília – A Polícia Federal (PF), divulgou nota na segunda-feira (13), desmentindo a informação que dois corpos que teriam sido encontrados amarrados numa árvore, seriam do ex-servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai), Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips. A notícia foi divulgada por vários órgãos de Comunicação, assim como, reportagem do Blog do Zé Dudu, logo após Alexandra Sampaio, esposa do jornalista britânico, ter divulgado a informação na manhã do mesmo dia.
“A Polícia Federal tem o compromisso de passar as informações para a família primeiro e para a superintendência de Manaus, eles confirmaram para gente que nenhum corpo foi encontrado, conforme nota oficial. É necessário que se apure de onde o embaixador tirou essa informação”, afirmou Beatriz Pereira, a esposa do brasileiro Bruno Pereira.
Beatriz foi às redes sociais também na segunda-feira, cobrar novos esclarecimentos sobre o paradeiro do seu marido após confirmar que foi informada pela Polícia Federal que Pereira e Dom Phillips ainda não foram localizados. A informação citada por Beatriz corresponde à nota oficial divulgada pela Polícia Federal nesta manhã do mesmo dia.
A confusão foi gerada pela família do repórter britânico que disse que foi comunicada pela embaixada do Brasil no Reino Unido sobre a suposta descoberta dos corpos no Amazonas.
A embaixada declarou que não poderia comentar o assunto. De acordo com o colunista André Trigueiro, que trocou mensagens com Paul Sherwood, cunhado de Phillips, ele foi procurado pelo embaixador Roberto Doring. Trigueiro havia relatado conversa que teve com Alessandra, a mulher do jornalista inglês, nessa mesma linha. Já a Polícia Federal, entretanto, diz somente ter encontrado material biológico no rio e encaminhado para perícia, conforme havia sido divulgado anteriormente.
Em nota, a embaixada do Brasil em Londres afirmou que o órgão mantém contato com a família de Dom Phillips a pedido dos familiares, e que não vai se pronunciar sobre o conteúdo discutido nestas conversas. “Informações atualizadas sobre o caso devem ser solicitadas às autoridades responsáveis, no Brasil”, escreveu.
A polícia federal tem o compromisso de passar as informações para a família primeiro e para a superintendência de Manaus, eles confirmaram para gente que nenhum corpo foi encontrado, conforme nota oficial. É necessário que se apure de onde o embaixador tirou essa informação.
O site da embaixada brasileira em Londres apresenta Roberto Doring Pinho da Silva como “ministro-conselheiro”. O título é o nome formal dado a um chefe adjunto que atua em missão diplomática. Ele assumiu o cargo em agosto de 2018, quando deixou a posição de ministro de segunda classe da Carreira de Diplomata do Ministério das Relações Exterior e foi designado para a nova função, segundo publicação no Diário Oficial da União (DOU).
Exploração política do caso
Na linha do “politicamente correto”, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) quer explorar politicamente o caso e protocolou no Senado, na segunda, um pedido de criação de uma Comissão Especial composa por nove senadores para acompanhar o caso.
Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.