Polícia prende homem que exibiu cabeça decapitada do pai no YouTube

As imagens circularam por horas no YouTube – ganhando mais de 5.000 visualizações – antes de ser retirado do ar
Reprodução ABC News

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A polícia prendeu Justin Mohn, 32 anos, após ele ter pstado um vídeo, YouTube, exibindo a cabeça decapitada do próprio pai, um funcionário público federal dos Estados Unidos. Mohn começou a ser investigado depois que um homem de 60 anos foi encontrado decapitado na terça-feira (30).

O suspeito reclamou da administração do presidente Joe Biden e da crise de fronteira com o México. O homem ainda se declara o novo presidente americano interino sob lei marcial, no vídeo.

As imagens circularam por horas no YouTube, que pertence ao Google, ganhando mais de 5.000 visualizações — antes de ser retirado do ar. Justin Mohn, é mantido preso sem fiança, acusado de assassinato, abuso de um cadáver e outras acusações, mostram documentos do tribunal da Pensilvânia.

O caso cruel ocorre em meio a um ambiente político tenso com executivos de redes sociais — que são ouvidos nesta quarta-feira (31) pelo Congresso dos Estados Unidos.

Eles enfrentam pressão por permitir que vídeos e simulações gráficas e às vezes violentas sejam postadas e permaneçam em suas redes.

No vídeo retirado do YouTube, o homem aparentemente lê uma declaração e em um ponto sustenta o que parece ser uma cabeça ensanguentada dentro de um saco plástico transparente. Ele diz que seu pai, que era funcionário federal havia mais de 20 anos, era um traidor de seu país.

“O governo federal da América declarou guerra aos seus cidadãos e aos estados americanos. A América está apodrecendo de dentro para fora, a extrema esquerda, acordou multidões agitando nossas cidades outrora prósperas”, diz ele no vídeo.

O suspeito foi identificado como o filho da vítima, disse à uma rede de TV o chefe da polícia de Middletown Township, Joseph Bartorilla, no estado da Pensilvânia.

Justin Mohn fugiu em um veículo e foi preso perto de uma base de treinamento da Guarda Nacional, em Fort Indiantown, também na Pensilvânia.

Posicionamento do YouTube

“O YouTube tem políticas rígidas que proíbem violência explícita e extremismo violento”, disse a empresa em um comunicado.

“O vídeo foi removido por violar nossa política de violência explícita e o canal de Justin Mohn foi encerrado de acordo com nossas políticas de extremismo violento. Nossas equipes estão acompanhando de perto para remover qualquer re-upload do vídeo.”

O autor do crime foi indiciado e sua próxima audiência está marcada para 8 de fevereiro. A Procuradoria do Condado de Bucks vai realizar uma coletiva de imprensa para dar mais detalhes, disse o chefe da polícia.

* Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.

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