A Polícia Civil identificou os autores de um bárbaro crime em Parauapebas, cuja vítima foi Wendel Fabrício Correa, 19 anos, o “De Belém”, que ainda teve a cabeça decapitada. O assassinato foi filmado e as imagens circularam pelas redes sociais deixando a população assustada. Tudo indica que esse é mais um desfecho da briga entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) no município.
Quatro homens são acusados do crime, sendo um deles um menor de 17 anos de idade, que foi preso na manhã deste sábado, 9, juntamente com Denilson Santos Verá, 18 anos, o “Dim”, no bairro dos Minérios. “O que mais causa espanto é que quem cortou o pescoço foi o menor”, diz o investigador Valmir Souza Franco, que foi quem recebeu ligação anônima sobre os bandidos e o paradeiro deles e saiu em diligência com os policiais Abraão e EPC Alexandre
Ao serem encontrados, Denilson e o menor foram flagrados vendendo drogas e, por essa razão, também deverão responder por mais esse crime. Aos policiais, eles confessaram o bárbaro assassinato e mostraram o local onde corpo de Wendel foi abandonado: atrás da Escola Fernando Pessoa, no bairro dos Minérios. Wendel estava desaparecido desde a noite do dia 3 deste mês. Com a circulação do assassinato pelas redes sociais, foi reconhecido pela própria mãe, que procurou a Delegacia de Polícia para fazer boletim de ocorrência.
Outros dois homens já foram identificados por envolvimento no crime. Um deles é Nelson Ferreira da Silva, o “Parauapebas”, que foi preso no último dia 4. O quarto suspeito tem prenome Jardel e seria conhecido como “Lulu”. Os investigadores chegaram a ir na casa dele, para prendê-lo, mas ele conseguiu fugir.
Pelo o que apurou a Polícia Civil até agora, Wendel faria parte do Comando Vermelho e estaria vendendo drogas no bairro dos Minérios. “Há uma rivalidade. O PCC, conforme a facção, diz que o bairro dos Minérios é do PCC. Então, eles não aceitam outra facção ali”, diz o investigador Walmir Franco.
Denilson alegou à reportagem que não participou diretamente do ato criminoso. Contou que a colaboração dele foi a de chamar Wendel para fumar maconha. “Só corro junto com os caras”, disse o acusado. Mas a polícia não tem dúvidas da participação de “Dim”. Ele e o menor terão suas custódias requeridas à Justiça pelo homicídio enquanto as investigações tentam localizar Jardel.