Dois policiais que atuam no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar do Pará se especializaram como técnico de explosivista policial, realizado em Manaus e promovido pelo Grupamento de Manejo de Artefatos Explosivos (Marte) da Polícia Militar amazonense. A especialização vai possibilitar aos militares fazer laudos e relatórios, que irão subsidiar investigações em explosivos.
Fizeram a especialização, concluída no último fim de semana, o cabo Renan Barbosa e o soldado Paulo Batista. O curso teve duração de três meses e habilitou os policiais a confeccionarem relatórios técnicos e laudos periciais especializados sobre explosivos, subsidiando a Polícia Civil nesse tipo de investigação.
Segundo a PM, na parte teórica, os alunos tiveram instruções voltadas para as áreas da matemática, química, física e conhecimentos gerais, enquanto na parte prática, entre outros exercícios específicos, foi ministrado treinamento físico militar para que, além de dominarem a atividade, executando repetidamente os movimentos feitos pelo técnico explosivista, pudessem suportar o traje utilizado, que pesa, em média, 50Kg.
“Fica o sentimento de dever cumprido, pois tínhamos necessidade de formar novos técnicos explosivistas. Fica também o sentimento de responsabilidade adquirida, já que sabemos dos riscos e da dificuldade do serviço que vamos prestar. Todo o conhecimento adquirido é altamente exclusivo aos profissionais da área”, frisou o cabo Renan Barbosa.
Para o soldado Paulo Batista, a experiência intensa proporcionou conhecimentos estratégicos para a atividade que vão passar a exercer no Bope a partir do curso. “O técnico explosivista precisa ter controle sobre o seu próprio corpo para conseguir atuar em uma situação limite com todo o conhecimento adquirido da forma mais eficiente, já que se trata de vidas que estão sendo atendidas”, destacou.
De acordo com a Polícia Militar, os técnicos devem atuar em ocorrências de localização, desativação e destruição de artefatos explosivos improvisados (IED) e industrializados (EOD), além de gerenciamento de eventos críticos, que envolvam ameaças de bombas, e realização de vistorias antibombas em locais de grandes eventos.
Tina DeBord- com informações da Polícia Militar