Polícias Civis do Pará e do Rio prendem ‘’dama do tráfico’’ paraense

Ela estava escondida desde 2021 no Complexo da Penha, na Zona Norte da capital fluminense
Ela foi presa no momento em que deixava uma festa com uma amiga num quiosque na Barra da Tijuca

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Brasília – Uma operação conjunta de inteligência entre as Polícias Civis do estado do Pará e do Rio de Janeiro prendeu a ‘’dama do tráfico’’ paraense, quando saia de uma festa em quiosque na Barra da Tijuca no último domingo (3). Evelin da Rosa Baladan é mulher de Anderson Souza Santos, o Latrol, apontado como um dos integrantes da cúpula de uma facção que atua no Pará. Os chefes do bando estão escondidos em favelas no Rio.

Segundo as investigações, ela estava na cidade desde o início de 2021 e morava no Complexo da Penha, na Zona Norte, com apoio de criminosos da região. Ao sair da festa, estava acompanhada de uma amiga e foi detida quando se preparava para entrar em um carro de aplicativo para deixar o local.

Segundo as investigações, Evelin participava da lavagem do dinheiro da organização criminosa. A prisão foi feita com apoio da DHC, DHNSG, DRE, DRACO e SSINTE e faz parte da operação ‘’Acerto de Contas’’, que prendeu 18 pessoas por organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Na primeira fase, além das prisões e apreensões, foi realizado o bloqueio bancário no valor superior a R$ 6 milhões na conta dos investigados.

Anderson Souza Santos, o Latrol, é apontado como um dos principais comparsas de Léo 41, que morreu fuzilado ao reagir a tiros em operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, em março, conforme reportagem publicada no Blog do Zé Dudu (leia como foi). Ele era procurado no Rio há pouco mais de dois anos e meio. Foragido em seu estado de origem, era acusado de ser chefe da maior facção criminosa do Rio com atuação no Pará.

No Rio de Janeiro, Léo 41 foi o primeiro bandido paraense a assumir o controle do tráfico de drogas em uma favela do estado. De acordo com investigações da Polícia Civil, o criminoso era responsável pelo tráfico em Porto das Caixas e Visconde, em Itaboraí, cidade vizinha a São Gonçalo. No ano passado, o Disque-Denúncia lançou um cartaz pedindo informações sobre Léo 41, Latrol e Borracha, que também é acusado de atuar na facção.

“Evelin estava escondida no Rio, com o Latrol, desde o início de 2021 e vinha sendo investigada pela Polícia Civil do Pará por lavagem de dinheiro, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Vínhamos fazendo o monitoramento dela e conseguimos efetuar a prisão no momento em que ela deixava uma festa com uma amiga,” revelou o delegado da Polícia Civil do Pará, Luiz Gustavo Fossati Simões.

Por Val-André Mutran – de Brasília