A Secretaria de Estado de Transportes do Pará (Setran) apresentou à imprensa, na noite do domingo (7), o projeto de restauração da ponte Rio Moju, que foi parcialmente destruída durante um choque com uma embarcação no último sábado (6). O projeto, elaborado pela Setran com a consultoria de dois especialistas, utilizará o sistema de estais – cabos de aço de sustentação – que reduzem número de pilares e, consequentemente, viabiliza a formação de distâncias maiores entre os pilares, o que facilita a navegação.
Segundo o secretário de transportes, Pádua Andrade, o sistema de ponte estaiada é, atualmente, a principal solução para a criação de grandes vãos. O recurso é bastante empregado, por exemplo, no cruzamento de rios ou canais que necessitem de espaço para passagem de embarcações, como é o caso da região da Alça Viária, que terá após a obra finalizada, dois vãos de 134 metros cada. “O trecho destruído da ponte utilizava o sistema de pilares convencionais, com vão central de 80 metros e vãos menores contendo 40 metros. Os estais serão utilizados apenas neste trecho destruído, ou seja, nos 268 metros que desabaram, eliminando quatro estruturas de pilares que dificultavam a navegação na área”, detalhou Pádua, durante coletiva com a presença do governador Helder Barbalho e parte do secretariado estadual que integra o comitê de crise que trata de soluções urgentes para reestabelecer o transbordo pela área da Alça Viária.
Pádua Andrade esclareceu ainda que as pontes estaiadas tem quatro elementos principais: os estais, os mastros, o tabuleiro e a fundação. Os estais (cabos de aço de sustentação) se interligam ao mastro que, por sua vez, estão conectados com o tabuleiro, que é sustentado pelos estais.
O mesmo sistema de estais é utilizado na ponte Rio Guamá, a primeira do complexo de quatro pontes da Alça Viária, que tem ainda a ponte Moju Cidade e a ponte rio Acará. O complexo de quatro pontes interliga a região metropolitana de Belém ao interior do Estado. Ao todo, a ponte rio Moju tem 868 metros de extensão e 23 metros de altura.
Fonte: Agência Pará