Motoristas e cobradores das empresas Nasson Tur Turismo Ltda. e Transporte Coletivo de Anápolis Ltda., que fazem o transporte coletivo em Marabá, estão concentrados desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira (17), nos portões da garagem e dizem não arredar pé. Em assembleia geral da categoria, no último dia 11, ficou decidido que, em manifestação contra o atraso nos pagamentos dos salários e outras obrigações trabalhistas, hoje eles fariam uma paralisação de advertência de três horas: das 5h às 8h. E assim aconteceu. Porém, no horário em que combinaram começar o expediente, os portões não foram abertos.
Segundo os rodoviários, a ordem partiu do gerente das empresas, João Martins, que, aborrecido, mandou dizer que voltassem para suas casas. “Mas, nós não vamos voltar, não. Eles querem é nos colocar falta. Estamos aqui para trabalhar”, disse ao Blog um dos motoristas. Ele, assim como os colegas, acredita que à tarde a empresa deve liberar os veículos.
De sua parte, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários, de Transporte de Passageiros, Interestaduais, Intermunicipais, Urbanos, Cargas, Locadoras e Comércio do Sul e Sudeste do Pará (Sintrarsul), explica que a paralisação de advertência acontece como manifestação contra os frequentes atrasos dos pagamentos de salário, auxílio-alimentação e férias, situação que já se arrasta há mais de um ano, quando as empresas solicitaram recuperação judicial.
O Sintrarsul afirma ainda que tanto a Nasson quanto a TCA receberam notificação, na sexta-feira (13), comunicando que, se em até 72 horas, os pagamentos não fossem regularizados a categoria ia começar a protestar com paralisações progressivas, como a programada para hoje. Porém, não houve resposta.
Procurada pelos meios de comunicação, a empresa respondeu que o Departamento Jurídico iria examinar a questão e que, em seguida, emitiria nota pública quanto ao assunto. Na ocasião, uma funcionária de prenome Amanda, disse que os pagamentos estavam sendo feitos em dia.
O Blog ligou várias vezes, nesta manhã, para o celular de João Martins, mas as ligações não foram atendidas.