De 2020 para 2021, o Pará vai receber 86 mil novos habitantes. É como se incrementasse ao seu atual portfólio populacional de 8,69 milhões de moradores uma quantidade de pessoas do tamanho da população de Redenção, principal município do sul do estado. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que analisou os dados da Projeção da População editada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o órgão, a população oficial do Pará, para fins estatísticos e de distribuição de recursos públicos, será de exatos 8.777.124 habitantes (4.396.853 homens e 4.380.271 mulheres) em 2021. Este ano, o IBGE estimou a população paraense em 8.690.745 pessoas. O estado seguirá como o 9º mais povoado do Brasil, só perdendo para São Paulo (46,649 milhões), Minas Gerais (21,412 milhões), Rio de Janeiro (17,463 milhões), Bahia (14,985 milhões), Paraná (11,597 milhões), Rio Grande do Sul (11,423 milhões), Pernambuco (9,675 milhões) e Ceará (9,241 milhões).
Mas há ressalvas: por serem números decorrentes de estimativas e devido ao fato de haver censo demográfico previsto para 2021, as projeções, embora oficiais, serão atualizadas com base nos dados do recenseamento geral que devem ficar prontos até dezembro do ano que vem. Além disso, as projeções não são feitas em nível de município.
Ainda assim, o Blog, valendo-se da mesma metodologia de cálculo do IBGE, estimou a população dos municípios que deve ser anunciada em 1º julho, um mês antes de o censo demográfico sair a campo, contando os moradores de casa em casa. Para 2021, a população estimada dos dez municípios mais habitados será:
1º) Belém: 1.506.615
2º) Ananindeua: 540.551
3º) Santarém: 308.392
4º) Marabá: 287.782
5º) Parauapebas: 218.938
6º) Castanhal: 205.736
7º) Abaetetuba: 160.478
8º) Cametá: 140.855
9º) Marituba: 135.873
10º) São Félix do Xingu: 135.836
Os municípios menos populosos do estado vão continuar sendo, segundo o IBGE, Bannach, Pau D’Arco e Sapucaia, todos os quais situados no sudeste do Pará. Essa mesorregião, diga-se de passagem, concentra seis das dez localidades menos habitadas — fazem parte da lista, além dos três já citados, Brejo Grande do Araguaia, Abel Figueiredo e Palestina do Pará. O ranking dos menos populoso é formado por:
1º) Bannach: 3.238
2º) Pau D’Arco: 5.336
3º) Sapucaia: 6.089
4º) São João da Ponta: 6.296
5º) Santarém Novo: 6.798
6º) Jacareacanga: 6.934
7º) Faro: 6.945
8º) Brejo Grande do Araguaia: 7.356
9º) Abel Figueiredo: 7.538
10º) Palestina do Pará: 7.575
A maior confusão, com relação aos números populacionais das estimativas, está no município de Jacareacanga, de quem o IBGE insiste em tirar habitantes anualmente, decrescendo o total recenseado dez anos atrás. A bronca é tamanha que o governo local, para não perder recursos, entrou na justiça e usa a chamada população judicial, indicada em 41.487 cidadãos. Em 2010, o censo computou 14.103 habitantes em Jacareacanga, mas em 2020 a população estava rebaixada em 7.590 moradores, praticamente metade de dez anos atrás. Não há justificativa plausível.
Outro que também é “perseguido” pelas estimativas do IBGE é Curionópolis, que viu sua população encolher de 18.288 pessoas em 2010 para 17.846 em 2020. Para 2021, será rebaixada para 17.762 moradores. Por sorte, muito embora assista à perda de habitantes nas estatísticas oficiais, o município ainda não teve prejuízo com diminuição de repasses financeiros, por um triz.
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