Por R$ 2 milhões, Prefeitura de Parauapebas vai construir Banco de Alimentos

Obra terá impacto social positivo no município. Dados do Ministério do Desenvolvimento Social revelam que 62 mil habitantes estão em situação de vulnerabilidade social e, destes, cerca de 20 mil convivem com drama da fome.

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Um centro de controle com a finalidade de manusear e reaproveitar alimentos que poderiam ir parar no lixo deverá ser erguido em Parauapebas nos próximos meses. A licitação para essa finalidade, no valor de R$ 2.042.803,64, já está preparada e na próxima sexta-feira (22), às 9 horas, a tomada de preços vai acontecer.

A Secretaria Municipal de Obras (Semob) é quem comanda o processo da construção do que chama de Banco de Alimentos. O edital da licitação está disponível para consulta pública aqui. Quem ganhar o contrato terá 12 meses para entregar o prédio, que será construído na Avenida E, Bairro Beira Rio 2, em frente à Policlínica.

De acordo com a prefeitura, o Banco de Alimentos vai prestar atendimento à população carente de Parauapebas, bem como cursos de manuseio e manipulação de alimentos, de maneira a evitar o desperdício. O objetivo principal do empreendimento é minimizar o problema da fome, por meio do combate ao desperdício de alimentos, e promover cidadania às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e vulnerabilidade socioeconômica.

20 mil passam fome

Uma vez construído, o Banco de Alimentos terá importância social para 62 mil habitantes em Parauapebas, conforme levantou o Blog do Zé Dudu. Essas pessoas encontram-se em situação de vulnerabilidade socioeconômica e vivem em lares cuja renda por morador é inferior a meio salário mínimo, de acordo com dados atualizados no início deste mês pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), que gerencia o Cadastro Único.

O Banco de Alimentos funcionará em horário comercial para receber doações de gêneros alimentícios de supermercados, central de abastecimento, agricultores familiares, associações e cooperativas, produtores rurais e comunidade em geral. Os alimentos arrecadados serão selecionados, processados e armazenados para serem doados à rede socioassistencial, ONGs, hospitais, creches e famílias previamente cadastradas por meio de estudo social. Os beneficiários terão de participar, periodicamente, de cursos de capacitação, ações de geração de trabalho e renda, formação profissional e programas de educação alimentar e nutricional.

No segundo município mais rico do Pará, que movimenta R$ 12,6 bilhões em Produto Interno Bruto (PIB) e onde sua prefeitura arrecada R$ 1,2 bilhão no ano, existem hoje 19,7 mil cidadãos que muito pouco ou nada têm para comer hoje, por sobreviverem com renda domiciliar individual inferior a R$ 70, em situação total de indigência.