Se depender do vereador Luiz Castilho (PROS), em breve a classe de atores e outros profissionais da atividade teatral de Parauapebas vão ganhar seu primeiro espaço artístico legítimo. Na sessão desta terça-feira (29), da Câmara Municipal, ele apresentou a indicação 188/2018 o que o Executivo Municipal transforme o antigo prédio do Legislativo em teatro. Segundo Castilho, a ATP (Associação de Teatro de Parauapebas) há anos trava uma luta muito grande, mas é pouco valorizada e, entregando o prédio à entidade, isso vai dar oportunidade a que muitas pessoas passem a conhecer a arte teatral.
O vereador vai sugerir, ainda, que a Secretaria de Cultura promova cursos de teatro no novo espaço – caso aprovada a proposta pelo prefeito -, valorizando de fato a ATP, “que quer transformar vidas, dar sonhos para as pessoas, transformar o pensamento das pessoas para que elas enxerguem o mundo de outra forma”.
“O prédio é só o início e a ATP e a sociedade de Parauapebas podem contar comigo, eu estarei buscando condições para que a Associação faça o que de fato deseja: arte”, prometeu Castilho, citando o cantor e compositor Ritchie: “A vida é a arte do viver/ Quem quiser saber tem que viver”.
Segundo Doddy Amâncio, presidente da ATP, caso o prédio seja mesmo destinado à Associação – o que ainda depende da vontade do gestor municipal -, a entidade deseja que o espaço seja ampliado, reformado na sua estrutura técnica, para que possa ser capacitado, a fim de que possa receber o teatro, a dança, a música, a literatura e o cinema.
“Além de receber essas linguagens artísticas, nós queremos também que o espaço sirva como local de capacitação dos nossos artistas. Porque nós precisamos formar iluminadores cênicos para teatro, que não existem no município, formar um corpo técnico que se faz necessário para melhor fluidez dessas atividades”, afirma ele.
Edmundo Melo, diretor do Teatro de Bonecos Outro Mundo, considera que é de extrema importância a proposta do vereador, na medida em que será um espaço público onde todos, de qualquer classe social, poderão ter acesso.
Ele vê a qualificação teatral como forma de refúgio dos jovens contra a marginalidade, entre outras mazelas sociais, num local em que a comunidade possa participar, uma vez que o Centro Cultural, pela distância, é de muito difícil acesso.