Em audiência pública realizada na quinta-feira (12), na Câmara Municipal de Parauapebas, a Prefeitura informou à população todo o trâmite para a proposta de terceirização da administração do Hospital Geral de Parauapebas (HGP). Formada por representantes do governo municipal, do poder legislativo, do Ministério Público e de conselhos de profissionais vinculados à saúde, a mesa debateu sobre os prós e os contras desta decisão, ouvindo dúvidas e queixas de cidadãos presentes.
O secretário de saúde, José Couto (Coutinho), explicou que o evento foi uma audiência informativa, visto que a gestão municipal já decidiu pela terceirização. “Agora é nossa obrigação socializar com o povo o que é esse processo, que foi tomado como direção política pela gestão”.
Coutinho classificou o evento como um momento democrático, onde a população pôde conhecer o processo licitatório para a contratação da organização social (OS) que passará a gerir o hospital.
Representantes de classes de trabalhadores em saúde levantaram pontos discordantes durante o debate. Entre eles, esteve Maria Helena Santos, do Sindicato de Enfermagem do Pará, que também é coordenadora da UTI do HGP. Ela nos conta que o hospital já passou por outros dois processos de terceirização, em sua opinião desastrosos, causando, entre outros problemas, o atraso de salários. Maria Helena deixou claro que a classe não está lutando contra o poder municipal e sim a favor de uma prestação de serviço de qualidade ao cidadão. “Quando a gente briga para que a Prefeitura cumpra o seu papel como gestor de saúde, é para a melhoria do atendimento ao cidadão. A gente briga pelo respeito ao profissional, que acarreta em respeito à população, que vai receber um atendimento de qualidade. Temos que pensar a saúde como um todo. Que seja benefício tanto para o profissional, quanto para a população”.