A administração de Tião Miranda publicou ontem, terça-feira (22), edital de licitação com vistas a registrar preços para uma aquisição inusitada: 27 mil pintos caipira. As propostas comerciais serão conhecidas no dia 7 de novembro e o custo total da aquisição — além dos pintos, há telas, lonas, bebedouros, comedouros e ração — é estimado em R$ 350.526,48. Cada ave vai sair a custo de R$ 4,32.
A ideia da compra dos pintos partiu da Secretaria Municipal de Agricultura (Seagri), que pediu aval à Secretaria Municipal de Administração (Semad) em setembro para fazer a aquisição. De acordo com parecer assinado pelo titular da Semad, José Nilton de Medeiros, a aquisição visa a “fomentar a melhoria da estrutura já existente para criação de aves, nas zonas rural e urbana”. Dessa maneira, a Seagri propôs a doação de kits a pequenos e médios produtores para reforçar a produtividade da criação deles, com foco em “aumentar a disponibilidade de carne e ovo para consumo próprio ou para melhoria da renda”.
O Blog do Zé Dudu analisou números da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) divulgada no mês passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e reparou que, sob a gestão de Tião Miranda, o efetivo de galináceos de Marabá tem crescido como nunca, fruto de incentivos a pequenos produtores e de estratégias para inovar a economia rural.
Em 2015, o efetivo de galináceos marabaense era de 120 mil aves e em 2018 saltou para 247,6 mil, crescimento superior a 100%. Marabá é o maior produtor de galináceos do sudeste do estado, mas seu efetivo ainda tem muito espaço para crescer. Para se ter ideia, o maior produtor de aves domésticas, Santa Izabel do Pará, tem 9,64 milhões de cabeças, ou seja, 39 vezes mais que Marabá.
O Blog também levantou que a produção de ovos em Marabá saltou de 60 mil dúzias em 2015 para 149 mil dúzias no ano passado. Em termos financeiros, é um negócio que triplicou o faturamento, passando de R$ 390 mil para R$ 1,11 milhão no período.