Em 2021, mais de 200 marabaenses foram parar na emergência dos hospitais públicos do município por problemas de saúde que exigiam fisioterapia. Só com as internações desses pacientes, o Sistema Único de Saúde (SUS) desembolsou cerca de R$ 416 mil, custo relativamente alto para problemas que poderiam ser evitados com procedimentos preventivos. No Brasil, um em cada cinco adultos tem, por exemplo, problemas de coluna que poderiam ser facilmente tratados com fisioterapia adequada.
Nessa perspectiva, a administração de Tião Miranda abriu credenciamento para contratar clínica especializada em serviços de fisioterapia para auxiliar no atendimento das demandas da rede pública municipal. As clínicas interessadas poderão fazer o credenciamento entre os dias 6 e 20 deste mês. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), organizadora do credenciamento, seccionou o pacote de R$ 1,068 milhão em 20 tipos de procedimentos. Um pacote com 18 mil atendimentos de fisioterapia relacionados a alterações motoras tem custo estimado em R$ 450 mil, sendo que cada sessão tem custo unitário de R$ 25. Mas o custo estimado pelo SUS para cada sessão de fisioterapia domiciliar é de R$ 100, e a expectativa é de realizar 600 atendimentos. De acordo com o governo de Tião Miranda, a contratação é uma forma de atender a demanda reprimida de usuários do SUS.
Cirurgias eletivas
Outro credenciamento que a Prefeitura de Marabá está abrindo é voltado à contratação de junta médica para realizar cirurgias eletivas. O prazo para os prestadores de serviços interessados manifestarem interesse começa amanhã (4) e vai até o próximo dia 18. Ao todo, 70 tipos diferentes de procedimentos devem ser contratados no valor de R$ 4 milhões, o que deve cobrir um total de 39.840 cirurgias.
Segundo a administração de Tião Miranda, Marabá e região possuem alto índice de morbidade provocada por causas externas, decorrentes principalmente de acidentes de trânsito e violência. Por isso, o Hospital Municipal de Marabá vive sobrecarregado com demanda por procedimentos de urgência, já que é referência como hospital geral. Por consequência, os procedimentos eletivos ficam para depois, por ausência de leitos, estes os quais ocupados pelos casos de emergência.
“Esse fato ocasiona o aumento de pacientes em fila de espera, agravando, eventualmente, o estado de saúde geral dos pacientes”, informa a Secretaria Municipal de Saúde, que definiu como estratégia para atendimento da demanda de cirurgias eletivas o credenciamento de prestadores de serviços para tentar diminuir ou mesmo zerar a fila.