A gestão do prefeito Darci Lermen entrou 2023 com o pé esquerdo no tocante à arrecadação de receitas municipais. Até a última sexta-feira (20), data com dados totais e completos computados no portal da transparência, a Prefeitura de Parauapebas, a mais rica do interior amazônico, havia arrecadado “só” R$ 143,07 milhões líquidos, 20% menos que os R$ 178,4 milhões ajuntados nos primeiros 20 dias do ano passado. As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu.
Do ponto de vista comparativo, esse é o pior janeiro da história da prefeitura em relação ao mesmo mês do ano anterior, já que não há registro de um janeiro com retração de receitas nessa envergadura. O inferno astral nos cofres da Capital do Minério se deve à baixa acentuada na arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem), que segue em queda livre em razão da instabilidade na cotação internacional do minério de ferro.
Desta vez, nem mesmo a boa performance do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) tem ajudado a levantar a “moral” das finanças de Parauapebas, que seguem pressionadas por contratos com valores muito altos e, especialmente, a folha de pagamento, que, aliás, deve ter alívio — embora de curta duração — neste mês de janeiro, já que muitos servidores temporários cujos contratos expiraram no final do ano foram mandados para casa “descansar” e vão ficar de fora da folha de janeiro, uma saída encontrada pela administração municipal para tentar entrar o ano sem muita pressão financeira.
Folha de mais de R$ 1,1 bilhão
Dados preliminares calculados pelo Blog do Zé Dudu apontam que a Prefeitura de Parauapebas gastou durante o ano inteiro de 2022 cerca de R$ 1,108 bilhão com salários e encargos sociais. Trocando em miúdos, todo o dinheiro que a gestão de Darci Lermen utilizou com a robusta folha de pagamento daria para sustentar os municípios de Santarém e Redenção de uma vez.
Agora, com arrecadação R$ 35,33 milhões menor, o governo de Parauapebas precisa se virar nos trinta para cobrir a recomposição inflacionária de 5,97% prometida aos servidores, tanto sobre a remuneração quanto sobre o vale-alimentação, e bancar a recontratação do pessoal que fora demitido e está à espera da convocação para assinar contrato.
Se a receita se mantiver na proporção de queda de 20% ao longo do ano e a despesa com a folha subir 35%, como se viu no ano passado, não vai demorar para os servidores terem de “doar” o próprio salário para manter a prefeitura e sua hipopotômica estrutura administrativa, que raiou 2023 com mais órgãos no gatilho da criação. Pode ser chegada a hora de repensar os planos de expansão para mudar o curso da história e se adaptar a tempos não tão fáceis, mesmo com, ainda, dinheiro graúdo.
4 comentários em “Prefeitura de Parauapebas começa 2023 com queda histórica na arrecadação”
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Gastaram tudo na campanha eleitoral!
Chamem o chico das cortinas ! já que o povo só gosta do passado ! Darci vai arrebentar essa prefeitura !!
Campanha eleitoral levou tudo………. agora ta todo mundo ficando desempregado e chupando o dedo!!!!!!!!!!!!!!!!!