Prefeitura de Parauapebas já usou R$ 733 milhões até o momento; veja onde

Enquanto educação dá show em controle de gastos, tendo comprometido apenas um terço do orçamento inicial, outras áreas pressionam orçamento e tiveram de receber “oxigênio na veia”

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Um levantamento realizado pelo Blog do Zé Dudu nesta sexta-feira (18) revela que a administração do prefeito Darci Lermen já pagou, de janeiro até o momento, R$ 733 milhões em despesas com obras, serviços, pessoal e tudo o mais que envolve a administração. É tanto dinheiro que daria para sustentar o município de Santarém durante o ano inteiro, mas cabe com conforto nas contas da Prefeitura de Parauapebas, cujo faturamento bruto está em R$ 1,2 bilhão líquidos na data de hoje. Ou seja: Parauapebas ainda tem quase R$ 500 milhões de “bala na agulha” para gastar.

O Blog seguiu o rastro das despesas por função orçamentária, e não por secretaria. Assim, uma mesma função pode estar em secretarias diferentes, assim como duas ou mais funções podem estar na competência de uma mesma secretaria. Além disso, como há pastas com diversas unidades orçamentárias, o rastreamento seria mais moroso. Como exemplo, tem-se a Secretaria Municipal de Educação (Semed), cujos recursos que ela controla são divididos em três fontes orçamentárias: a própria Semed, o Fundo Municipal de Educação (Fumep) e o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).

Uma despesa que não entra como função, por ser corrente (e comum a todas as pastas), é a com pessoal. O Blog apurou que a prefeitura pagou R$ 308,5 milhões em salários até o momento, valor que está pulverizado dentro das funções.

Áreas e gastos

No governo Darci, até o momento, a área de gestão ambiental foi a mais “gastadeira”. Ela já comeu 90,7% da dotação inicial de R$ 3,4 milhões. Não à toa, para continuar se mantendo de pé, o orçamento inicialmente previsto precisou ser oxigenado para quase R$ 8,6 milhões senão as contas não seriam fechadas.

Outros serviços que também exigiram muito, até mais que o normal, foram as áreas de comércio e serviços (82,2%), assistência social (80,3%) e transportes (77,1%). Todas elas precisaram ser socorridas com autorização maior de despesa senão também corriam o risco de paralisar atividades já este semestre. O orçamento da assistência social saltou de R$ 56 milhões para cerca de R$ 80,2 milhões.

A saúde, com R$ 155,7 milhões já pagos este ano, comprometeu 51% do orçamento, que, no início, era R$ 304,8 milhões, mas que foi ajustado para R$ 306,7 milhões. A administração foi a área que mais teve “boom” nominal no orçamento, passando de R$ 282,7 milhões iniciais para R$ 342,1 milhões.

A única “imaculada” até o momento é a área da educação, que, pela primeira vez em oito anos, chega à metade do ano sem comprometer 50% de seu orçamento. Dos R$ 480 milhões inicialmente previstos, e sem acréscimo, foram utilizados R$ 163,8 milhões, o correspondente a 33,9%. É o melhor indicador da história, desde que os dados começaram a ser publicados no portal da transparência municipal em 2013.

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