Uma tomada de preços iniciada em 2018 pelo prefeito Darci Lermen está prestes a ganhar desfecho. O processo licitatório de número 2/2018-010, organizado pela Secretaria Municipal de Obras (Semob), já definiu as empresas classificadas no certame que visa à construção do prédio do Banco de Alimentos, uma espécie de centro de controle com a finalidade de manusear e reaproveitar gêneros alimentícios que poderiam ir parar no lixo.
Nesta quarta-feira (11), a Prefeitura de Parauapebas fez publicar na edição do Diário Oficial da União (DOU) as empresas que podem sonhar com o contrato. O valor inicial estimado pela administração de Darci era de R$ 2.042.803,64. Saiu na frente, no entanto, a empresa PHD Matos, que ofereceu o valor mais baixo pela execução da obra: R$ 1.427.938,29.
Na sequência, aparecem as empresas Sanecon (R$ 1.448.984,34), Rei Engenharia (R$ 1.497.805,60), Miranda & Farias Construções (R$ 1.505.726,19), WHF Serviços (R$ 1.555.870,06), Barbosa Filho (R$ 1.639.789,65), Monteiro & Pereira (R$ 1.685.134,38) e, por fim, Sul Elétrica Construções (R$ 1.710.263,38), que apresentou a proposta mais cara.
A ganhadora da licitação terá 12 meses para entregar o prédio, que será construído na Avenida E, Bairro Beira Rio 2, em frente à Policlínica. De acordo com o secretário municipal de Obras, Wanterlor Bandeira, o Banco de Alimentos vai prestar atendimento à população carente de Parauapebas, bem como cursos de manuseio e manipulação de alimentos, de maneira a evitar o desperdício. O objetivo principal do empreendimento é minimizar o problema da fome, por meio do combate ao desperdício de alimentos, e promover cidadania às pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional e vulnerabilidade socioeconômica.
Importância social
O Banco de Alimentos será um importante aliado no combate à fome e à miséria para 65,5 mil habitantes em Parauapebas, conforme levantou o Blog do Zé Dudu nesta quarta. Essas pessoas encontram-se em situação de vulnerabilidade socioeconômica e vivem em lares cuja renda por morador é inferior a meio salário mínimo, de acordo com dados atualizados no início deste mês pelo Ministério da Cidadania, que gerencia o Cadastro Único.
O órgão funcionará em horário comercial para receber doações de gêneros alimentícios de supermercados, central de abastecimento, agricultores familiares, associações e cooperativas, produtores rurais e comunidade em geral. Os alimentos arrecadados serão selecionados, processados e armazenados para serem doados à rede socioassistencial, ONGs, hospitais, creches e famílias previamente cadastradas por meio de estudo social. Os beneficiários terão de participar, periodicamente, de cursos de capacitação, ações de geração de trabalho e renda, formação profissional e programas de educação alimentar e nutricional.
No segundo município mais rico do Pará, que movimenta R$ 12,6 bilhões em Produto Interno Bruto (PIB), existem hoje 22,7 mil cidadãos que muito pouco ou nada têm para comer hoje, por sobreviverem com renda domiciliar individual inferior a R$ 70, em situação total de indigência.