O governo de Darci Lermen autorizou a compra de quase 400 tipos diferentes de medicamento de uso essencial. No próximo dia 26, a Prefeitura de Parauapebas vai registrar preços dos itens, até o valor total de R$ 37,713 milhões, o que configura o maior investimento da saúde municipal feito este ano até o momento. As informações são do Blog do Zé Dudu.
Pelo edital do pregão eletrônico, o combo de medicamentos vai abastecer o Hospital Geral de Parauapebas (HGP), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o Centro de Atenção Psicossocial (Caps), o Centro de Testagem Anônima (CTA), o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD), a Policlínica, a Farmácia Básica e os postinhos de saúde.
O Blog checou os itens de interesse da prefeitura e observou que alguns medicamentos, caríssimos, jamais poderiam ser acessados pela população caso o governo municipal não tomasse a frente para adquirir e distribuí-los, quando necessário. Um desses medicamentos é o ranibizumabe, utilizado no tratamento de complicações microvasculares do diabetes que afetam a visão, especialmente de idosos, e que podem deixar a pessoa cega. Ele tem custo orçado em R$ 6.624, e a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), organizadora do pregão, está demandando seis frascos.
A Semsa, que tem como gestor Gilberto Laranjeiras, também planeja comprar 72 caixas de um medicamento chamado Synvisc One, usado para tratar dor associada à osteoartrite do joelho, uma condição que tem afetado muito os parauapebenses, principalmente idosos e pessoas que se envolvem em acidentes de moto. Cada caixa desse medicamento custa R$ 3.316, e só com ele a Prefeitura de Parauapebas vai desembolsar cerca de R$ 239 mil.
Tem ainda o Synvisc Classic, indicado para tratar osteoartrose do joelho, ao custo de R$ 2.466 por caixa — e 72 devem ser adquiridas, totalizando quase R$ 178 mil. Além dos medicamentos de alto custo, há aqueles de apelo popular, como hormônios, anti-histamínicos, antiparasitários, corticoides, polivitamínicos, antibióticos, analgésicos e antitérmicos.
Suporte às ações de saúde
De acordo com a Semsa, os medicamentos são essenciais para “tratar, diagnosticar, prevenir e curar doenças ou aliviar seus sintomas”, e a falta deles pode levar à piora do estado de saúde dos pacientes, o que pode trazer mais prejuízo ao sistema de saúde, com internações e tratamentos de longo prazo mais onerosos. “O medicamento é um suporte às ações de saúde, cuja falta pode significar interrupções constantes no tratamento e nos procedimentos cirúrgicos, o que afetaria a qualidade de vida do usuário e a credibilidade dos serviços farmacêuticos e do sistema de saúde”, explica a pasta, em nota para justificar a necessidade do pregão.
A secretaria ressalta que os itens com preço registrado serão comprados tão somente se houver necessidade e que se destinam a melhorar e tornar mais eficiente o atendimento dos serviços de urgência e emergência nas unidades de saúde e na rede de alta e média complexidades, garantindo em curto prazo o acesso dos pacientes aos medicamentos em questão.