A administração de Carlo Iavé arrecadou R$ 39,22 milhões em receitas correntes nos primeiros dois meses deste ano, sendo R$ 36,71 milhões líquidos, isto é, já efetuadas as deduções constitucionais. A informação foi prestada pela Prefeitura de Redenção, que encaminhou na quinta-feira (26) o balanço da execução orçamentária ao Tesouro Nacional. Além de Redenção, outras três prefeituras entregaram as contas do bimestre, sendo elas Nova Ipixuna (R$ 7,85 milhões reportados no período), Santa Bárbara do Pará (R$ 8,28 milhões) e Barcarena (R$ 80,47 milhões).
Nas contas do Blog do Zé Dudu, que acessou o relatório e comparou com o documento do ano passado para o mesmo período, a arrecadação bruta do governo redencense aumentou 7,5%. Em janeiro deste ano, entraram nos cofres de Redenção R$ 20,52 milhões. Já em fevereiro foram R$ 18,7 milhões. No ano passado, a arrecadação do primeiro mês foi de R$ 20,48 milhões e a do segundo, R$ 16 milhões.
As transferências correntes do período somaram R$ 31,36 milhões, ou 79,96% da receita total. Esse percentual faz do município um dos menos dependentes no Pará — ao lado de Belém e Marabá — de recursos externos, provenientes do Governo do Estado e da União. Ainda assim, as principais fontes de receita vêm de fora. São o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Em 2019, a prefeitura comandada por Iavé encerrou o ano ultrapassando pela primeira vez a marca de R$ 200 milhões, tanto em receita bruta quanto líquida. Ela foi a 18ª mais rica do Pará, tendo acumulado R$ 215,14 milhões em arrecadação bruta. Está espremida entre os governos de Oriximiná (R$ 230,54 milhões) e São Félix do Xingu (R$ 196,72 milhões), de acordo com dados levantados pelo Blog junto à Secretaria do Tesouro Nacional.
Hoje, a maior despesa do governo local é com a folha de pagamento dos servidores públicos, que encerrou o ano consumindo R$ 109,82 milhões, o correspondente a 54,51% da receita líquida. Isso acende o sinal de alerta nas contas públicas do município, tendo em vista o fato de que o percentual está levemente acima do limite máximo (54%) para gastos com pessoal estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para as prefeituras.