Em seis meses, os governos municipais do estado aplicaram R$ 514,68 milhões em serviços de urbanismo nas cidades que lhes são de competência. Não é pouco. Mas também não é muito quando se leva em conta que as cidades paraenses estão entre as mais esteticamente feias e sujas do país, muitas das quais ainda com pouca cobertura de pavimentação, por exemplo, proporcionando muita poeira no verão a seus moradores e lama no inverno. É um verdadeiro deus nos acuda.
As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu, que vasculhou a prestação de contas de 71 prefeituras que, até o momento, entregaram execução orçamentária do 3º bimestre. Algumas prefeituras se destacam pelo volume de recursos que gastaram no total e outras, pela quantidade proporcional de investimentos realizados.
Entre as que mais aplicaram dinheiro em urbanismo estão as administrações de Belém, com R$ 70,71 milhões utilizados; Marabá, com R$ 61,2 milhões; e Parauapebas, com R$ 47,93 milhões. Juntas as prefeituras dos três mais ricos municípios desembolsaram no semestre um de cada três reais utilizados nos serviços básicos que, em tese, deixariam as sedes urbanas um brinco. Na prática, porém, a realidade é impressionantemente outra.
Em termos proporcionais, contudo, a riquíssima Prefeitura de Canaã dos Carajás é quem leva, de longe, vantagem em investimentos. Embora tenha usado apenas R$ 23,55 milhões em urbanismo, a administração do município alcançou média de R$ 653 aplicados por habitante, mais que o dobro do segundo colocado, o município de Piçarras, que usou R$ 273 por morador. A tríade é fechada com a Prefeitura de Terra Santa, que investiu R$ 264 por habitante em serviços de urbanização.
De acordo com o Tesouro Nacional, as prefeituras paraenses que menos investem em urbanismo são Tracuateua, que usou R$ 3,27 por cidadão; Gurupá, R$ 2,42; e Acará, que chegou ao fundo do poço: apenas 85 centavos em urbanismo por morador.
Confira o ranking dos 20 maiores investimentos em urbanismo realizados por prefeituras do Pará!